Os motivos para a melhora dos ativos no mercado financeiro internacional continuam a ser os mesmos que levam à forte volatilidade desde o último ano, a guerra comercial.
Após um discurso duro na ONU, onde atacou a China e a falta de avanços nas conversações entre os dois países, Trump recuou de sua retórica e diz que um acordo tende a sair antes do esperado.
Obviamente, progressos neste sentido agora são importantes, dado a requisição do pedido de impeachment na Câmara, motivado por um possível pedido de Trump ao presidente ucraniano para investigar o filho de Joe Biden, pré-candidato democrata e a possibilidade de vitória mais concreta da oposição.
Pesquisas encomendadas pelo partido republicano mostram a desidratação do Trump nos swing states e em estados chave no colégio eleitoral. Em termos quantitativos, Trump perderia de novo e daí seu desespero por juros baixos, queimando o fiscal como se não houvesse amanhã na tentativa de dar um desempenho econômico que justifique ao público seu segundo termo.
Este impulso fiscal não deve vir da via bélica, como demonstrado pela demissão de John Bolton, conselheiro de segurança nacional, um dos maiores representantes do establishment republicano e defensor de intervenções militares na Venezuela, Irã, Coreia do Norte, entre outros.
Portanto, a necessidade de uma resolução da guerra comercial se torna mais premente, pois a retórica contra a China agrada em muito a base conservadora republicana, mas tem potencialmente afastado eleitores afetados pela elevação de custos das taxações bilaterais.
Localmente, a surpresa mais do que positiva do CAGED com 121.387 postos líquidos de trabalho criados se une à uma série de indicadores antecedentes importantes, os quais começam a desenhar um final de ano potencialmente melhor.
Vendas de papel ondulado apresentam melhora marginal nos indicadores, assim como o fluxo de veículos pesados nas estradas, operações de cartão de crédito no varejo, o mais recente PMI de manufaturas e obviamente as contratações do CAGED.
Neste cenário, há uma indicação de uma preparação importante para o final do ano e os 3 eventos relevantes de consumo até lá.
Caso avancem as reformas em vista à intervenção de Paulo Guedes junto ao congresso, o BC tende a iniciar o fim do ciclo de afrouxamento monetário em resposta à melhora da atividade e isso pode vir do discurso de Campos Neto durante a apresentação do RTI, após leituras um tanto quanto diversas da ata do COPOM.
Atenção hoje ao PIB americano na agenda econômica.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com os avanços na guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com o fechamento do acordo comercial entre Japão e EUA que manteve taxações de veículos
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção à prata.
O petróleo abre em queda, com perspectiva de aumento na oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,50%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,148 / -0,41 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,110%
Dólar / Yen : ¥ 107,59 / 0,139%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,356%
Dólar Fut. (1 m) : 4158,53 / -0,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,89 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,01 % aa (-0,40%)
DI - Janeiro 23: 6,12 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 25: 6,73 % aa (-0,88%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5827% / 104.481 pontos
Dow Jones: 0,6078% / 26.971 pontos
Nasdaq: 1,0478% / 8.077 pontos
Nikkei: 0,13% / 22.048 pontos
Hang Seng: 0,37% / 26.042 pontos
ASX 200: -0,49% / 6.678 pontos
ABERTURA
DAX: 0,464% / 12290,89 pontos
CAC 40: 0,685% / 5622,02 pontos
FTSE: 1,198% / 7377,33 pontos
Ibov. Fut.: 0,55% / 104700,00 pontos
S&P Fut.: 0,117% / 2989,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,090% / 7828,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,36% / 79,19 ptos
Petróleo WTI: 0,37% / $56,67
Petróleo Brent:0,48% / $62,35
Ouro: 0,21% / $1.508,43
Minério de Ferro: -0,26% / $92,97
Soja: -0,52% / $15,25
Milho: 0,07% / $375,50
Café: -0,30% / $101,00
Açúcar: 0,08% / $11,78