USDA projeta menor estoque global de milho em 11 anos ao final da safra 2025/26

Publicado 19.05.2025, 13:30

De acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), sobre a safra 2024/25, as chuvas que se estenderam até início de maio colaboraram para a expectativas positivas quanto à produtividade da safra de milho

Segundo o relatório, a expectativa de produção para a safra brasileira é de 130,0 milhões de toneladas, um aumento de 3,0% em relação à estimativa anterior e uma alta de 9,0% em relação à última safra.

A expectativa é de que a área plantada chegue a 22,3 milhões de hectares, a mesma estimativa do último relatório, mas um aumento de 3,0% em relação à safra anterior. Assim, a produtividade estimada poderá crescer em 6% em relação à safra 2023/24, chegando a 5,83 toneladas por hectare.

Os dados vão ao encontro do 8º relatório divulgado pela Conab, que também estima aumento da área plantada (+1,6%), da produtividade (+8,1%) e da produção (+9,9%) de milho no Brasil. 

Segunda a companhia, 78% da área plantada da primeira safra já foi colhida, favorecida pela diminuição das chuvas, sendo que em estados com São Paulo e Paraná a colheita já foi encerrada.

Argentina - Milho

Assim como na safra anterior, a infestação de cigarrinha vem sendo um problema para a produtividade do milho. Segundo o Departamento, a área plantada deve apresentar uma queda de 18% quando comparada à última, com produção de 50 milhões de toneladas no país, volume 2% menor que na safra anterior. 

Apesar dos problemas enfrentados, a produtividade deve ser de 7,81 toneladas por hectare, 19% acima da safra 2024/25.

Soja 

Para a soja brasileira o cenário não é muito diferente, segundo o USDA, a expectativa é de que a produção na safra 2025/26 chegue ao volume recorde de 175,0 milhões de toneladas, o que representaria um aumento de 4,0% em relação a última safra. Resultado do aumento de 3,0% na área plantada, totalizando 48,8 milhões de hectares.

Caso as condições climáticas continuem positivas, a produtividade prevista é de 3,59 toneladas por hectare, valor próximo ao da safra anterior.

O relatório destaca o crescimento da área plantada de soja nos últimos 16 anos, tendo a demanda do grão pela China como um importante fator que impulsiona o crescimento dos últimos anos, apesar dos desafios enfrentados pelos agricultores com os maiores custos de produção e a menor disponibilidade de capital.

Com a colheita praticamente finalizada da safra 2024/25, a Conab destaca em seu último relatório a confirmação da produção recorde que, segundo a companhia, deve ser de 168,34 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 14% na comparação com a safra anterior.

Destaque para Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Rondônia e Tocantins, que alcançaram a maior produtividade da série histórica, resultado da boa condição climática.

A produtividade média também deve bater recorde, com aumento de 10,5% chegando a 3,53 toneladas por hectare.

Perspectiva global – soja e milho

Segundo o USDA a safra 2025/26 deve ser marcada por produção e consumo global recorde para o milho e um declínio nos estoques finais. Deverão ser produzidas 1,265 bilhão de toneladas de milho e o consumo deverá ser de 1,274 bilhão de toneladas reduzindo os estoques finais pelo segundo ano consecutivo. Caso isso aconteça, os estoques finais chegarão a 277,8 milhões de toneladas, o menor desde safra 2013/14.

Os maiores aumentos nas produções devem acontecer nos EUA, Ucrânia e Argentina.

Para a soja o relatório estima que a produção global para a safra 2025/26 chegue a 426,8 milhões de toneladas, o representaria um aumento de 1,0% em relação à safra anterior e resultado do aumento na produção do Brasil, Paraguai, Rússia e China. 

A maior moagem na China, EUA e Brasil deve colaborar para o crescimento de 3%, totalizando 366,5 milhões de toneladas e, diferente do milho, a expectativa é de que os estoques globais aumentem em 1,2 milhão de toneladas, totalizando 124,3 milhões, resultado da possibilidade de maior estoque no Brasil e Argentina.

* Colaborou Isabella Camargo, analista da HN AGRO.

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