É bastante comum que investidores voltem sua atenção para empresas dos setores financeiro, petrolífero e de mineração ao buscar oportunidades na Bolsa. E isso é compreensível: companhias como Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), Petrobras (BVMF:PETR4) e Vale (BVMF:VALE3) são exemplos de solidez e tradição no pagamento de dividendos. Naturalmente, esses são apenas três entre muitos nomes que poderiam ser citados. Há diversas empresas de outros setores igualmente merecedoras de atenção — como é o caso da Ânima (BVMF:ANIM3), que vem se destacando de forma consistente no mercado de capitais.
Essa boa performance, vale destacar, não é recente. A companhia já apresenta resultados expressivos há algum tempo. Ainda assim, não é raro que me perguntem se, após uma sequência prolongada de valorização, ainda vale a pena investir em seus papéis. A dúvida é legítima. Muitos investidores tendem a acreditar que, após tantas altas, o ativo já teria atingido seu ápice. No entanto, uma análise mais criteriosa dos fundamentos da empresa revela justamente o contrário: a Ânima ainda tem muito a entregar a seus acionistas.
Trata-se de uma organização sólida, reconhecida como uma das maiores instituições privadas de ensino superior do país. Em 2019, contava com cerca de 115 mil alunos matriculados. Hoje, esse número já se aproxima dos 385 mil, distribuídos em 18 instituições de ensino e mais de 600 polos educacionais em todo o território nacional. Esses dados comprovam um crescimento contínuo ao longo dos últimos seis anos.
No último dia 14 de maio, as ações da Ânima registraram alta de 0,25%, fechando a R$ 4,00. No acumulado do mês, a valorização é de 25,39%, e no ano, impressionantes 154,77%. Claro, o comportamento do preço das ações é apenas um dos indicadores da saúde de uma empresa — é importante considerar também sua consistência operacional e financeira. E nesse aspecto, a Ânima se mostra igualmente robusta.
Os resultados contábeis do primeiro trimestre de 2025 sinalizam o início de um novo ciclo para a companhia, caracterizado por um crescimento resiliente do fluxo de caixa e ampliação das margens de lucratividade, sem a necessidade de queima de caixa — reflexo direto de uma receita de maior qualidade. Para se ter ideia, o fluxo de caixa livre ao acionista projetado representa cerca de 50% do valor de mercado atual da empresa, o que reforça a atratividade de seus papéis.
Além disso, o ROIC (Retorno sobre o Capital Investido), indicador que mede a eficiência na geração de valor, apresentou avanço expressivo: aproximou-se de 10% em 2024 e tem projeção de alcançar 15% em 2026 — um número bastante relevante, especialmente em comparação com o CDI em patamares elevados.
Outro ponto positivo é a contínua redução no nível de endividamento da companhia, tendência que deve se manter diante da baixa necessidade de capital para sustentar e expandir sua receita. Curiosamente, o mercado ainda não precificou de forma adequada essa significativa desalavancagem, o que indica um potencial de valorização (upside) estimado em mais de 150%.
Diante de números tão consistentes, não restam dúvidas quanto ao potencial da Ânima em termos de rentabilidade. Sendo assim, respondo de forma direta à pergunta que intitula este artigo: sim, ainda vale a pena investir em ações da Ânima.