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Vale e Petro? Há Controvérsias

Publicado 14.10.2014, 21:52
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Dia de muito, véspera de pouco

Ontem os ativos brasileiros registraram um pregão eufórico, mais uma vez por motivos eleitorais, novamente com forte giro financeiro (dá-le BVMF3).

O real ganhou força em relação ao dólar e a Bolsa experimentou sua maior alta em três anos. “Seja lá qual for a credibilidade” da pesquisa Sensus, ela acabou contagiando os mercados com os 17 pontos de vantagem que indicou para Aécio.

Nada como um dia após o outro, hoje a Vox Populi trouxe cenário diferente: empate técnico entre os candidatos, com leve vantagem para Dilma...

E os mercados enfrentam uma terça-feira contida, cuja realização dos lucros nas primeiras horas do pregão contrasta com a expectativa pelo debate hoje à noite e as novas pesquisas eleitorais (amanhã).

Seja lá qual for a credibilidade, algum instituto está (bem) errado aqui. Possivelmente ambos. Mas não há novidade nisso. A questão aqui é outra...

Como você enxerga a Bolsa?

Terminei o M5M de ontem com um quiz, relacionado ao paradoxo de Usiminas, lembra?

O que seria melhor para o acionista da empresa?


a) torcer para o acirramento do conflito entre os sócios, de forma a promover um desfecho radical, envolvendo movimento societário (um comprando a participação do outro); e assim ganhar com isso no curto prazo; b) torcer para uma solução amigável entre eles, dado que o conflito está barrando a reestruturação operacional da companhia, uma vez que ambos têm poder de veto no Conselho? Assim, ganhar de forma mais consistente no longo prazo?

Resposta: não há alternativa certa ou errada. Há, sim, alternativas mais interessantes para cada perfil de investidor.

Transportando a questão para o Ibovespa...

Como lidar com o momento atual dos mercados?

1) Mergulhar de cabeça no rali eleitoral, surfando a volatilidade e buscando se aproveitar do chamado “kit eleições”?

2) Focar na proteção (e não na multiplicação) do patrimônio, abrindo mão de potencial de valorização pontual, uma vez que ninguém sabe para onde essa corrida eleitoral vai e - no fundo - os fundamentos econômicos e das empresas invariavelmente indicam um cenário pouco favorável à tomada de risco?

É uma questão de escolha.

02:22- A ação da volatilidade (reapresentação)

A forma que me parece mais inteligente para tentar ganhar com ambos os cenários seria via ações da BM&F Bovespa (BVMF3). A volatilidade joga os volumes de negociação lá para cima, e a Bolsa ganha com o giro, seja ele para cima ou para baixo.

Em uma análise mais fria, BVMF3 está atrativa nas cotações em relação às demais Bolsas internacionais e carrega bons fundamentos pensando em médio e longo prazo...

03:29- Por onde começar?

Tenho recebido uma série de questões de investidores iniciantes em Bolsa. Uma habitual é o clássico: por onde começar?

Em particular, a prática usual é começar investindo na Bolsa através das ações de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE5), sob a ilusão de que os dois carros-chefes representam “empresas sólidas, seculares e que, portanto, oferecem menor risco.”

Concordo, em parte...

O investidor iniciante deve sim começar pelo que ele conhece melhor. Não adianta tentar se expor a uma empresa cujo modelo de negócio é complexo, isso somente ampliaria a sua incerteza (percepção de risco). Embora tenha se tornado mantra de Warren Buffett, parece um tanto óbvio.

Sem dúvida Vale e Petro são empresas gigantes, com marca forte e alta exposição na mídia, além de terem forte geração de caixa, elevadas barreiras a novos entrantes em seus respectivos negócios e estão aí há décadas... Além disso, ambas têm grande liquidez na Bolsa brasileira, o que facilita as negociações.

Mas essa “menor percepção de risco” pode ser ilusória. E não custa lembrar que já foram ultrapassadas pelos bancos em representatividade no Ibovespa.

Vale e Petro? Há controvérsias

Ontem mesmo conversamos sobre a dificuldade de se investir em ações ligadas ao mercado de commodities, o que abrange ambos os casos.

Assuma sua ignorância sobre as commodities. É muito difícil predizer o comportamento do mercado de matérias-primas, que envolve uma infinidade de variáveis e costuma responder sensivelmente a cada uma delas. A rigor, ninguém sabe em que ponto do ciclo estamos, ou seja, se vivemos um pico ou um fundo de preços.”

O caso da Petro é agravado pelo perfil estatal. Temos visto, tanto nos escândalos de corrupção quanto no congelamento de preços e imposição de uma política de prejuízos na importação de combustíveis, que a empresa tem sido usada como instrumento de política pública, desrespeitando o interesse do acionista em prol de um defendido ótimo social (insustentável).

Não adotamos uma postura radical contra as ações de empresas estatais. BB Seguridade (BBSE3), por exemplo, é uma ótima empresa e uma ação que ainda guarda alguma atratividade. Apenas alertamos para o fator de risco adicional, que pode desqualificá-las como uma porta de entrada apropriada ao investidor pessoa física.

Já a Vale, embora seja de fato uma empresa de excelência, com líder de mercado global e com ativos de reconhecida qualidade, a sensibilidade das ações às flutuações (agora diárias) do preço do minério de ferro impõe muita influência de elementos macro, deixando em segundo plano os elementos efetivamente sob controle da companhia.

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