ÁSIA: Mercados asiáticos respiram aliviados com o resultado do primeiro turno da eleição francesa e a maioria das bolsas da Ásia fecharam em alta nesta segunda-feira, com investidores aumentando o apetite por riscos e se afastando de ativos considerados "porto seguro" como o ouro e o iene japonês, apesar das ações chinesas terem tido o seu pior dia do ano.
O índice Nikkei do Japão subiu 1,37% para fechar em 18.875,88 pontos, enquanto o Kospi ganhou 0,4%. O S&P/ASX 200 da Austrália subiu 0,3% para fechar em 5.871,8.
Apesar da queda no preço do minério de ferro tenha pesado sobre as mineradoras australianas, "stocks" de tecnologia lideraram o benchmark australiano e os investidores tiveram um sólido apetite por ações de energia e finanças. Os futuros do minério de ferro chinês caíram novamente com o declínio dos preços do aço na China nesta segunda-feira e como tal, BHP Billiton (AX:BHP) caiu 1%, Fortescue recuou 2,8% e Rio Tinto (LON:RIO) fechou em queda de 0,8%.
Na China continental, as bolsas apresentaram o pior desempenho do ano, com o Shanghai Composite chegaram a cair 1,9%, a maior perda intraday desde 16 de janeiro e fecharam em baixa de 1,34%, enquanto o composto de Shenzhen mergulhou 2,44%. Analistas acreditam que o aperto à repressão frente às negociações com alavancagem prejudicou o sentimento do investidor chinês. O índice de referência de Hong Kong, Hang Seng Index, inicialmente começou a ser negociado em baixa seguindo a queda das ações do continente, mas depois afastou o sentimento negativo e fechou em alta de 0,41%.
A poeira das tensões geopolíticas na península coreana assentou um pouco apesar de novas ameaças da Coreia do Norte. No fim de semana, o país recluso prendeu um cidadão americano em Pyongyang e disse que estava preparado para afundar um porta-aviões dos EUA.
No mercado cambial, o índice do dólar foi negociado em 99,07, acima dos 98 visto antes do início da sessão. O "greenback" era mais forte frente ao iene japonês, sendo negociado em 110,19, acima dos 108 visto nas últimas duas semanas. O euro inicialmente subiu cerca de 2% em relação ao dólar e 3% contra o iene depois dos resultados da eleição francesa, mas por volta do meio-dia, pelo menos um terço destes ganhos já tinham sido devolvidos.
No que diz respeito ao mercado de energia, os preços do petróleo subiram ligeiramente durante o pregão asiático depois de caírem pelo menos 2% na sexta-feira, embora o petróleo bruto dos EUA tenha permanecido abaixo dos 50 dólares por barril.
EUROPA: Os mercados europeus começam a semana em território positivo depois que o centrista Emmanuel Macron venceu o primeiro turno da eleição francesa. O resultado é histórico, destronando os tradicionais Partido Socialista, atualmente no governo e Republicanos (centro-direita), do ex-presidente Nicolas Sarkozy. É a primeira vez na história moderna da França que nenhum candidato dos principais partidos chega ao segundo turno.
O pan europeu Stoxx 600 sobe mais de 3% com os bancos dominando o topo do índice. Crédit Agricole, Societe Generale (PA:SOGN) e BNP Paribas (PA:BNPP) avançam cerca de 10%. Natixis, Axa e Vinci também sobem nos primeiros negócios.
Em outros países, as ações da italiana UniCredit (MI:CRDI) sobem 10,5% em Milão, enquanto o alemão Commerzbank avança 9,1% em Frankfurt. A bolsa francesa CAC 40 salta mais de 4% no início das negociações, seu maior ganho percentual de um dia desde agosto de 2012.
Os investidores estão confiantes de que Macron vai derrotar sua adversária de extrema-direita, Marine Le Pen, no segundo turno em 7 de maio. Isso significa que a economia da França deve se beneficiar da agenda de reforma de Macron e que seja improvável que a segunda maior economia da União Europeia deixe o bloco.
No Reino Unido, o FTSE 100 salta 1,8%, o maior ganho percentual desde o início de dezembro após a vitória do centrista Emmanuel Macron na eleição presidencial francesa aliviar as preocupações de que dois "eurocéticos" estariam no segundo turno. HSBC sobe 1,7%, Barclays (LON:BARC) avança 4,59% e Royal Scotland Bank aumenta 2,7%. Entre as mineradoras, Anglo American (LON:AAL) sobe 1,8%, Antofagasta (LON:ANTO) adiciona 2,5%, enquanto BHP Billiton sobe 3% e Rio Tinto opera em alta de 2,3%. British Gas, dona da Centrica (LON:CNA), figura entre os poucos decliners no FTSE 100, com queda de 4%, após o governo conservador britânico anunciar planos de diminuir os preços domésticos, se reeleito em junho, enquanto a produtora de ouro Randgold Resources (LON:RRS) cai 2,62%, seguindo a queda dos preços do ouro.
Em Bruxelas, autoridades europeias se reúnem para discutir sua posição sobre Brexit antes da reunião dedicada ao tema neste sábado.
Deixando a política de lado, a fabricante de dispositivos médicos Philips relatou no início desta segunda-feira um rendimento melhor do que o esperado de 442 milhões de euros (US $ 480 milhões) no primeiro trimestre, enquanto isso, Eric Olsen, CEO da LafargeHolcim, a maior produtora de cimento do mundo, renunciou segunda-feira de manhã, após alegações de que a empresa tenha pago a grupos armados na Síria para manter uma fábrica aberta.
EUA: Futuros de ações dos EUA disparam enquanto investidores respiram aliviado com a eleição francesa. Os investidores também esperam notícias sobre a reforma tributária do presidente Donald Trump nesta semana. Trump twitou no sábado que iria anunciar um grande pacote de reforma fiscal na quarta-feira.
A sessão traz apenas um relatório de dados econômicos de primeira linha, o índice de atividade nacional do Fed de Chicago. Quanto aos oradores do Federal Reserve, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, deverá aparecer na Anderson School of Management - UCLA, em Los Angeles às 12h15 e também participará de uma discussão no Claremont McKenna College em Los Angeles às 14h15.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
9h30 - Índice de Atividade Nacional do Fed de Chicago (índice mensal que mede a atividade econômica global e as pressões inflacionistas relacionadas, derivados da produção e renda, emprego, desemprego e horas trabalhadas, consumo pessoal, habitação, vendas, pedidos e estoques);
12h15 - Discurso do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari;
14h15 - Discurso do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari;
ÍNDICES FUTUROS - 7h15:
Dow: +1,06%
SP500: +1,24%
NASDAQ: +1,10%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.