A reabertura do mercado chinês trouxe a esperada reação dos investidores, com o governo já se prevenindo dos principais efeitos, ao proibir operações de vendas a descoberto e dando liquidez ao sistema.
As preocupações continuam focadas nos efeitos econômicos dos dias paralisados pós-feriado na China, com uma tendência de graves efeitos no PIB chinês do primeiro trimestre.
Ao menos 24 províncias, municípios e outras regiões disseram às empresas para não retomarem o trabalho antes de 10 de fevereiro e tais regiões representam mais de 80% do PIB chinês e 90% das exportações.
Os temores se estendem ao ponto da OPEP se reunir extraordinariamente para discutir o efeito da redução da demanda chinesa.
Um exemplo próximo à nossa realidade foi a greve dos caminhoneiros no Brasil, a qual retirou ao menos 20 bp do PIB do trimestre num espaço de somente 9 dias e dissolveu o ímpeto dos indicadores de atividade para o restante do ano.
O problema da grande desinformação continua e fontes na China citam que a situação, ainda que grave, tem tido uma reação enérgica do governo em todas as frontes, além de uma idade média de mortalidade relativamente elevada, ou seja, a doença é um risco fatal a pessoas com algum tipo de debilidade ou fragilidade de saúde.
Os dias atuais lembram um sell-off muito recente, entre agosto e setembro do ano passado e a reação dos investidores pode buscar parâmetros de reação semelhantes, a depender da piora ou não do problema chinês.
Portanto, é a busca inglória pelo “fundo do poço”.
Para a semana, a agenda é pesada de indicadores, com o mercado de trabalho americano, balança comercial no Brasil e nos EUA, produção industrial, diversas inflações, com destaque para o IPCA e sua contração considerável, ante os eventos de dezembro e a decisão do COPOM nesta quarta-feira.
Ainda que mantenhamos nossa projeção de manutenção da SELIC, entendemos que a pressão exercida pelo mercado, agora em duas frontes tem sido grande e um não-corte trará uma reação exacerbada dos ativos.
A forte pressão contra o Real e nos vértices mais longos da curva demonstram isso e ainda que a inflação de claros sinais de controle, nada indica que as sazonalidades de fim de ano retiraram o ímpeto da atividade econômica, onde sequer possam ter surtido os efeitos das decisões de política monetária, ou seja, seria a economia reagindo sob a égide dos 6,5%.
Neste caso, as ações mais recentes do BC podem pesar e muito, em especial a agenda BC#.
Atenção hoje aos balanços de Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Siemens, Mitsubishi, Panasonic e Ryanair. Localmente, Porto Seguro (SA:PSSA3) e Banco Inter (SA:BIDI4).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o mercado reagindo às ações do governo chinês contra o vírus.
Na Ásia, dia negativo, com o retorno do mercado continental chinês, porém com Hong Kong positivo.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas generalizadas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda, com a OPEP discutindo o problema chinês.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,27%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2828 / 0,82 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,234%
Dólar / Yen : ¥ 108,55 / -0,175%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,803%
Dólar Fut. (1 m) : 4288,87 / 0,45 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,00 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,52 % aa (0,36%)
DI - Janeiro 25: 6,21 % aa (0,16%)
DI - Janeiro 27: 6,60 % aa (0,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,5298% / 113.761 pontos
Dow Jones: -2,0909% / 28.256 pontos
Nasdaq: -1,5916% / 9.151 pontos
Nikkei: -1,01% / 22.972 pontos
Hang Seng: 0,17% / 26.357 pontos
ASX 200: -1,34% / 6.923 pontos
ABERTURA
DAX: 0,239% / 13013,03 pontos
CAC 40: 0,116% / 5813,09 pontos
FTSE: 0,383% / 7313,91 pontos
Ibov. Fut.: -1,48% / 113931,00 pontos
S&P Fut.: 0,537% / 3241,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,445% / 9040,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,22% / 74,67 ptos
Petróleo WTI: -0,19% / $51,49
Petróleo Brent: -0,58% / $56,30
Ouro: -0,71% / $1.577,85
Minério de Ferro: -0,56% / $81,35
Soja: -0,29% /$ 870
Milho: -0,52% / $379,50
Café: -1,17% / $101,60
Açúcar: -0,89% / $14,48