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Abate de bovinos no país tem 2ª ano de queda em 2021; frango e suíno atingem recorde

Publicado 15.03.2022, 16:36
© Reuters. Corte de carnes
07/10/2011 
REUTERS/Paulo Whitaker
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SÃO PAULO (Reuters) - Os pecuaristas do Brasil abateram 27,54 milhões de cabeças de bovinos em 2021, recuo de 7,8% em relação a 2020 e segundo ano consecutivo de queda, em meio à estratégia de retenção de animais, disse nesta terça-feira o IBGE, enquanto os setores de frango e suínos tiveram recordes nos volumes de abates.

"A valorização recorde dos preços médios dos bezerros e da arroba bovina estimularam a retenção de fêmeas para atividades reprodutivas", disse o IBGE em nota.

Com isso, o total de vacas abatidas ao longo de 2021 (9,31 milhões de cabeças) foi o menor constatado desde 2004, de acordo com os dados.

Das 27 unidades federativas, 23 reduziram o abate de bovinos no ano passado, com destaque para o Estado que detém o maior rebanho do país, Mato Grosso (-633,91 mil cabeças).

Segundo o instituto, ainda foram abatidas 6,18 bilhões de cabeças de frango, aumento de 2,8% no compativo anual, alcançando a máxima da série histórica iniciada em 1997.

O mesmo ocorreu com os suínos, cujo abate acumulado em 2021 foi de 52,97 milhões de cabeças, com avanço de 7,3% sobre o ano anterior.

No frango, o IBGE disse que tanto o consumo interno como o mercado externo favoreceram o desempenho do setor.

O recorde do frango ocorreu em meio a um cenário de alta nos preços da carne bovina, que torna as proteínas alternativas mais competitivas.

Além disso, o mercado internacional conta com casos de gripe aviária em alguns países, o que contribui para elevar a demanda para o produto brasileiro, livre de problemas sanitários.

Paraná continuou liderando o ranking estadual no abate de frangos em 2021, com 33,6% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e Rio Grande do Sul (13,4%).

© Reuters. Corte de carnes
07/10/2011 
REUTERS/Paulo Whitaker

Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2021, com 28,4% da fatia nacional, seguida por Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul (17,5%).

"O desempenho nas exportações auxiliou a cadeia da carne suína, que enfrentou um cenário desafiador com o aumento dos custos de produção", disse o instituto.

 

(Por Nayara Figueiredo)

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