NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto na ICE subiram na terça-feira, recuperando-se das perdas da semana passada, mas permanecendo um pouco longe do pico de 11 anos do final de abril, pois o mercado já precificou a oferta apertada.
Enquanto isso, os preços do cacau atingiram o nível mais alto em mais de seis anos.
AÇÚCAR
* O contrato julho do açúcar bruto subiu 0,4%, para 26,19 centavos de dólar por libra-peso, tendo perdido 2,5% na semana passada.
* Os comerciantes não esperam que o açúcar ultrapasse seu pico de 11 anos de 27,41 centavos no curto prazo, com o mercado absorvendo a menor produção indiana e tailandesa e o início lento da colheita no Brasil, maior produtor global.
* Eles esperam que os preços não ultrapassem 26,50 centavos, mas não os veem caindo abaixo de 25 centavos porque há limitações para a quantidade de açúcar que os portos brasileiros podem exportar.
* A previsão é de tempo predominantemente seco nas regiões açucareiras do país nos próximos 10 dias, o que deve ajudar a safra.
* O açúcar branco caiu 6,60 dólar, ou 0,9%, para 709,10 dólares a tonelada.
CAFÉ
* O café arábica julho subiu 2,55 centavos, ou 1,4%, a 1,865 dólar por libra, tendo atingido uma mínima de mais de 3 semanas na semana passada devido a preocupações com a demanda.
* Os preços nos mercados físicos estão diminuindo em todas as origens do arábica, disseram os comerciantes, acrescentando que o café pode cair para cerca de 1,75 dólar esta semana se o limite técnico de 1,80 a 1,85 dólar for ultrapassado.
* O café robusta caiu 6 dólar, ou 0,2%, para 2.465 dólares a tonelada.
CACAU
* O cacau em Nova York fechou com ganho de 45 dólares, ou 1,5%, para 2.999 dólares a tonelada. O contrato atingiu o preço mais alto em mais de seis anos antes, a 3.008 dólares por tonelada.
* As chegadas de cacau da safra principal nos portos do maior produtor, a Costa do Marfim, somaram a 1,945 milhão de toneladas até 7 de maio desde o início da temporada em 1º de outubro, uma queda de 6,6% em relação ao mesmo período da temporada passada.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)