NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto na ICE subiram para o nível mais alto em 11 anos nesta terça-feira, com a oferta apertada pela produção abaixo do esperado em vários países, incluindo Índia, Tailândia e China.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto de maio fechou em alta de 0,81 centavos, ou 3,4%, a 24,37 centavos de dólar por libra-peso, após atingir o pico de 24,45 centavos de dólar, o nível mais alto desde abril de 2012.
* Safras menores nos três maiores produtores de açúcar da Ásia deixarão o mercado fortemente dependente do Brasil e há preocupações de que o fluxo de suprimentos do maior exportador mundial possa ser interrompido pelo congestionamento.
* "O centro-sul do Brasil deve produzir nesta temporada sua segunda maior quantidade de açúcar já registrada. No entanto, há preocupações sobre se o Brasil conseguirá exportar toda essa oferta com o aumento da concorrência por logística após o recorde de soja e milho nas colheitas", disse o ING em nota.
* Traders também disseram que as chuvas esperadas no Brasil nos próximos dias podem desacelerar o ritmo da colheita.
* O Ministério da Agricultura da China cortou nesta terça-feira sua previsão de produção doméstica de açúcar para 2022/23 para 9 milhões de toneladas, ante 9,33 milhões de toneladas no mês anterior.
*O açúcar branco de maio subiu 29,30 dólares, ou 4,4%, para 702,50 dólares a tonelada, após estabelecer uma máxima de 11 anos de 706,70 dólares.
CAFÉ
* O café robusta de julho fechou em alta de 67 dólares, ou 3,0%, a 2.323 dólares a tonelada, após pico de 7 meses e meio de 2.326.
* Operadores disseram que o mercado foi impulsionado pelo aperto na oferta de curto prazo, com forte demanda e uma queda ano a ano nas exportações do principal produtor de robusta, o Vietnã.
* Eles observaram o prêmio de maio a julho aumentou significativamente e agora está em torno de 87 dólares a tonelada.
* O café arábica de julho subiu 7,75 centavos, ou 4,3%, para 1,8845 dólar por libra-peso.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)