Rio de Janeiro, 21 out (EFE).- A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta terça-feira a nota de crédito em moeda estrangeira da Petrobras de Baa1 para Baa2, a dois degraus de perder a chancela de "grau de investimento".
A diminuição da nota, com tendência negativa, foi justificada pelo alto grau de endividamento da estatal, situação que só deve se reverter "bem depois de 2016", ao contrário das previsões originais, segundo um comunicado da agência.
A piora das perspectivas se deve à recente redução dos preços do petróleo, à desvalorização do real em relação ao dólar e a seu "agressivo programa" de investimentos.
Um dos problemas da empresa é sua "incapacidade" de subir o preço da gasolina para repassar ao consumidor os maiores custos com a importação do petróleo devido ao controle do governo brasileiro no setor, segundo a Moody's.
A agência destacou, no entanto, que "Petrobras foi relativamente bem-sucedida" na execução de seu plano de melhorar suas contas financeiras.
A decisão da Moody's ocorre em plena campanha eleitoral, a cinco dias do segundo turno das eleições presidenciais, nas quais a gestão da Petrobras está no centro do debate entre a presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT, e o candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves.