SÃO PAULO (Reuters) - A participação dos produtos do agronegócio entre todas as exportações brasileiras cresceu para 46,2 por cento em 2015, maior fatia da série histórica iniciada quase duas décadas atrás, estimou nesta segunda-feira o Ministério da Agricultura.
Em 2014, o percentual foi de 43 por cento e em 2013 de 41,3 por cento.
O ano passado viu o Brasil exportar volumes recordes de soja em grão, milho, frango in natura, café e celulose, à medida que o dólar tornou os produtos nacionais ainda mais competitivos no mercado externo e na esteira de boas safras de alguns destes itens.
O complexo soja (grão, farelo e óleo) ocupou a primeira posição no ranking do faturamento com exportações, totalizando 27,9 bilhões de dólares no ano.
As carnes ficaram em segundo lugar nas vendas externas, somando 14,7 bilhões de dólares, sendo quase metade deste valor em carne de frango, disse o Mapa, citando dados de sua secretaria de Relações Internacionais.
Em outra nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lembrou que houve queda de 9 por cento nas exportações em 2015.
Ainda assim, dos dez principais produtos da pauta exportadora no ano passado, oito foram do setor agropecuário e responderam por 31,2 por cento do total dos embarques, totalizando 59,7 bilhões de dólares, disse a confederação.
Apenas minério de ferro e petróleo acompanham a lista composta ainda por soja, carne de frango, açúcar, farelo de soja, celulose, café, milho e carne bovina.
A CNA destacou que os embarques de milho faturaram 27,3 por cento a mais em 2015, totalizando 4,94 bilhões de dólares.
"O ótimo desempenho da produção, principalmente do milho safrinha, associado à valorização do dólar frente à moeda nacional, elevou a competitividade do milho brasileiro no mercado externo e possibilitou alavancagem nas exportações do produto", afirmou a CNA em nota.
(Por Gustavo Bonato)