Agência Brasil - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu hoje (12) criar um grupo de trabalho para monitorar a situação do Polo Bahia Terra e articular as ações necessárias à retomada gradual e completa de sua produção de petróleo e gás. A diretoria também analisou e decidiu não atender ao pedido feito pela Petrobras (BVMF:PETR4), de reconsideração da decisão da agência de interditar, por motivos de segurança, as instalações que compõem o Polo, que fica na Bahia.
Na nota, a ANP diz que entende que não pode se furtar ao seu dever de fazer cessar as situações de risco grave e iminente, mas, ao mesmo tempo não medirá esforços para que a retomada da produção ocorra o mais rápido possível.
Na fiscalização presencial feita por técnicos da agência entre os dias 5 e 9 de dezembro do ano passado, foi constatada a falta de sensores de fogo e gás; a indisponibilidade de sistemas fixos de combate a incêndio; o subdimensionamento de respiros de emergência e a falta previsão de ações de intertravamento em caso de gás confirmado. Verificou-se também a falha da empresa de não avaliar e, consequentemente, não gerenciar, os riscos específicos das instalações e suas operações no Polo, pois não há estudos de consequência de eventuais incêndios e explosões, o que é mandatório pela própria filosofia de segurança da operadora.
No dia 15 de dezembro, a ANP autorizou a prorrogação, solicitada pela Petrobras, do prazo para a conclusão da parada dos poços e das instalações de produção nos campos interditados, com base no Plano de Parada Segura apresentado pela empresa, visando viabilizar a retomada da produção após cessada a situação de risco grave e iminente à vida humana e ao meio ambiente que levou à interdição. Dessa forma, o prazo para suspensão gradual das atividades, que inicialmente era de 72 horas (até o final do dia 15 de dezembro), foi prorrogado até dia de hoje (12).
Grupo de trabalho
Devido aos impactos causados à população pela suspensão da produção no Polo, a ANP decidiu criar um grupo de trabalho que deverá decidir com a Petrobras a definição da estratégia para o retorno da produção do Polo Bahia Terra, com o saneamento dos desvios críticos causadores de riscos graves e iminentes, no menor tempo possível. O grupo também vai elaborar o cronograma de retorno à operação, com ações priorizadas, com base na capacidade de produção, na garantia do abastecimento, no menor tempo de saneamento dos condicionantes estabelecidos na interdição e em outros critérios cabíveis.