BUENOS AIRES (Reuters) - O governo argentino anunciou nesta quinta-feira um investimento de cerca de 550 milhões de dólares para a construção de um novo porto em uma das cidades que compõem o centro agroportuário de Rosário, de onde saem mais de 80% das exportações agrícolas e agroindustriais do país.
A Argentina é um importante exportador mundial de alimentos, e os vários portos ao longo das margens do rio Paraná em Rosário, Puerto General San Martin, San Lorenzo e Timbues concentram grande parte das exportações agrícolas.
"Estamos anunciando um investimento para a construção de um novo porto agroindustrial em Timbúes, no rio Paraná", anunciou o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em sua coletiva de imprensa diária pela manhã.
"O investimento será de cerca de 550 milhões de dólares. O trabalho começará este mês", disse Adorni, que não deu mais detalhes sobre o investimento, acrescentando que ele é um produto da confiança no presidente Javier Milei, um libertário que assumiu o cargo em dezembro.
A Reuters entrou em contato com a Secretaria de Bioeconomia para obter mais informações, mas até o momento não obteve resposta. Também está em contato com a câmara CIARA-CEC de exportadores e processadores de grãos, aguardando mais detalhes.
A Argentina é um dos dois maiores exportadores mundiais de óleo e farelo de soja, e o terceiro maior exportador de milho. No cinturão agroportuário de Rosário, empresas como Bunge (NYSE:BG), Cargill e Louis Dreyfus possuem terminais de carga e descarga de grãos.
A safra de soja e milho de 2023/24 começa em abril na Argentina. A Bolsa de Comércio de Rosário estima safras de 49,5 milhões de toneladas de soja e 57 milhões de toneladas de milho.
(Lucila Sigal e Maximilian Heath)