Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 30 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. Dados da ADP sobre empregos em destaque
Investidores estarão muito atentos aos dados sobre as mudanças nos empregos não agrícolas em agosto, que serão divulgados pela ADP, empresa privada de processamento de folhas de pagamento, às 09h15 (horário de Brasília) desta quarta-feira.
As projeções para o relatório da ADP apontam criação de 183.000 empregos privados em agosto, o que poderia representar um aumento de 5.000 novos empregos em comparação aos dados do mês anterior.
Embora nem sempre seja um reflexo confiável do relatório oficial de folhas de pagamento não agrícolas que será divulgado na próxima sexta-feira, investidores acompanharão os dados na busca de indicações se o mercado de trabalho dos EUA está mantendo crescimento sólido com vistas às suas implicações nas política monetária do Federal Reserve.
2. Preocupações com a Coreia do Norte permanecem em foco, tensões se acalmam
Os mercados mantêm as tensões envolvendo a Coreia do Norte em seu radar nesta quarta-feira, embora as tensões pareçam ter se acalmado de certa forma.
Kim Jong-Un, líder norte-coreano, chamou o teste com míssil da terça-feira de um "prelúdio significativo" ao controle do território norte-americano de Guam.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o lançamento, mas não considerou aumentar as sanções contra Pyongyang.
No dia anterior de negociações, os mercados de todo o mundo estavam aflitos após informações de que a Coreia do Norte teria disparado um míssil balístico que teria sobrevoado o Japão.
Como Donald Trump, presidente norte-americano, fez uma declaração relativamente sóbria, afirmando simplesmente que "todas as opções continuam na mesa", as bolsas norte-americanas conseguiram se recuperar das perdas prévias na terça-feira e encerraram o dia no azul.
3. Bolsas de todo o mundo respiram aliviadas e passam por reversões
As bolsas de todo o mundo estavam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, acompanhando o fechamento o positivo da sessão anterior em Wall Street, já que preocupações com tensões entre EUA e Coreia do Norte pareciam se acalmar.
Na Ásia, as bolsas encerraram a quarta-feira majoritariamente em alta, com o Nikkei 225 do Japão subindo em torno de 0,7%, ao passo que o Kospi da Coreia do Sul conseguiu ter ganhos de cerca de 0,3%. O Shanghai Composite da China nadou contra a corrente e fechou em queda de 0,05%.
As bolsas europeias passavam por uma clara reversão nesta quarta-feira, já que as preocupações com tensões entre Coreia do Norte e EUA começavam a diminuir e a demanda por ativos mais arriscados tinha nova sustentação. Às 07h01 (horário de Brasília), a referência Euro Stoxx 50 ganhava 0,34%, o DAX da Alemanha subia 0,42% enquanto o FTSE 100de Londres avançava 0,19%.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em leve alta nesta quarta-feira em uma continuação dos ganhos do dia anterior. Às 07h01 (horário de Brasília), o índice blue chip futuros do Dow subia 25 pontos, ou 0,11%, os futuros do S&P 500 avançavam 1 ponto, ou 0,04%, e os futuros do Nasdaq 100 ganhavam 8 pontos, ou 0,13%.
4. Moody's reduz projeção de crescimento dos EUA com proximidade de revisão do PIB do 2º tri
Em uma perspectiva global publicada no início desta quarta-feira, a Moody’s Investors Service reduziu a projeção de crescimento para a economia dos EUA.
Especificamente, a agência afirmou ver crescimento de 2,2% em 2017 para a economia norte-americana e 2,3% em 2018, uma redução a partir de 2,4% e 2,5%, respectivamente.
"As revisões em 2017 são o resultado de um desempenho mais fraco no primeiro semestre do ano", explicou a Moody's.
"A projeção reduzida de crescimento para 2018 reflete as expectativas de estímulo fiscal mais modesto do que previamente estimado", afirmou.
A redução aconteceu em contraste à Europa, uma vez que a Moody's espera que a zona do euro obtenha "crescimento acima do potencial" durante os próximos dois anos e elevou as projeções dos PIBs da Alemanha, França e Itália.
O relatório também vem à tona enquanto agentes de mercado aguardam a revisão do PIB dos EUA no segundo trimestre às 09h30 (horário de Brasília).
Os dados devem mostrar que a economia cresceu em taxa anual de 2,7% no trimestre de abril a junho, uma revisão para cima a partir da estimativa preliminar de 2,6% e melhorando consideravelmente em comparação ao crescimento de 1,4% no primeiro trimestre.
5. Petróleo em baixa enquanto mercados avaliam impacto de Harvey e esperam dados dos estoques
Os preços do petróleo estavam em baixa nesta quarta-feira, já que interrupções em curso devido à tempestade tropical Harvey impediam que as refinarias comprassem petróleo bruto, pesando na demanda, porém provocando temores de escassez de combustível.
Agentes de mercado também esperavam os mais recentes dados semanais dos estoques, previstos para as 11h30 (horário de Brasília) em meio a expectativas de redução de 1,9 milhão de barris.
As perdas na quarta-feira aconteceram apesar do fato de que os dados dos estoques do Instituto Americano de Petróleo, divulgados no fim da sessão, mostraram uma redução nos estoques maior do que o esperado de 5,78 milhões de barris.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,51%, para US$ 46,19 às 07h03 em horário de Brasília, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,62%, com o barril negociado a US$ 51,34.