WASHINGTON (Reuters) - O número 3 do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Tom Shannon, está deixando seu cargo, disse o departamento na quinta-feira, tornando-se mais uma importante baixa na área diplomática desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo há um ano.
Shannon, que atua como subsecretário de Estado para assuntos políticos, é o principal diplomata de carreira dos EUA e tem atuado nas fileiras da diplomacia norte-americana durante mais de 34 anos de serviço. Em uma carta ao Departamento de Estado, Shannon, de 60 anos, disse que está renunciando por motivos pessoais.
A porta-voz do Departamento de Estado Heather Nauert disse que Shannon concordou com o pedido do secretário de Estado, Rex Tillerson, de permanecer no cargo até que seu sucessor seja nomeado. Nauert disse que Shannon serviu sob seis presidentes e 10 secretários de Estado.
"Minha decisão é pessoal e guiada pelo desejo de atender minha família, fazer um balanço da minha vida e estabelecer uma nova direção para os meus anos restantes", escreveu Shannon.
Sua partida priva o Departamento de Estado de um veterano experiente em um momento de fortes preocupações diplomáticas, incluindo a ameaça representada por uma Coreia do Norte com armas nucleares.
Em novembro, Tillerson disse que havia se ofendido por afirmações de que o Departamento de Estado estava sendo esvaziado sob Trump, afirmando que o mesmo estava funcionando bem, apesar das críticas de ex-diplomatas norte-americanos.
A saída forçada de muitos diplomatas seniores, o fracasso em nomear ou obter a confirmação do Senado para que funcionários preencham papéis-chave no departamento, e a percepção de que Tillerson é inacessível tem minado o moral, de acordo com os funcionários atuais.
(Reportagem de Lesley Wroughton)