Investing.com - A cotação do ouro estava pouco alterada no pregão europeu da manhã desta sexta-feira, já que investidores aguardavam o início da cúpula do Grupo dos Sete.
Às 05h02, os contratos futuros de ouro com vencimento em agosto na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York recuavam US$ 0,40, ou 0,03% para US$ 1.302,60 a onça troy.
Em uma sessão sem grandes dados econômicos dos EUA, participantes do mercado irão se concentrar na reunião do G7, que começa nesta sexta-feira em Quebec. A França e a Alemanha alertaram os EUA que não assinariam um comunicado conjunto sem concessões, mas o principal assessor econômico dos Estados Unidos, Larry Kudlow, alertou nesta semana que o presidente do país, Donald Trump, não recuaria de sua dura posição nas relações comerciais.
"O presidente norte-americano pode não se importar em ficar isolado, mas também não nos importamos em assinar um acordo com seis países, se necessário", afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta semana.
Kudlow chamou a situação atual de uma "briga de família" e espera-se que Trump realize reuniões individuais com os líderes do Canadá, França e Japão nos bastidores da conferência do G7.
Trump não mostrou sinais de conciliação na noite de quinta-feira, quando acusou a França e o Canadá de "cobrarem tarifas massivas dos Estados Unidos e criarem barreiras não monetárias".
Investidores também estarão de olho na cúpula de 12 de junho entre Trump e o líder coreano Kim Jong Un em Cingapura. O presidente norte-americano disse na quinta-feira que pode assinar um acordo para encerrar formalmente a Guerra da Coréia com o líder norte-coreano Kim Jong Un em sua reunião. Ele também levantou a possibilidade de mais tarde receber Kim na Casa Branca.
Embora Trump tenha dito que esperava "grande sucesso", ele deixou claro que nada estava definido. Ele disse que o público poderá acompanhar o progresso das negociações através de sua linguagem, especificando que um retorno à "pressão máxima" indicaria um colapso nas negociações.
O resultado das tensões entre os dois países provavelmente teria um impacto direto sobre o metal precioso, considerado porto seguro.
Também na próxima semana, os participantes do mercado acompanharão de perto as decisões de política monetária tanto do Federal Reserve quanto do Banco Central Europeu.
Espera-se amplamente que o Fed aumente as taxas de juros em 25 pontos base e investidores irão observar se os decisores da instituição projetam um ou dois aumentos ainda este ano.
Taxas de juros mais altas tendem a pesar na demanda pelo ouro, que não rende juros, em favor de investimentos que possuem rendimentos.
Atenção especial também será dada à reunião do BCE. Embora os mercados não esperem nenhuma ação na reunião da semana que vem, o economista-chefe do BCE, Peter Praet, disse na quarta-feira que as autoridades estão cada vez mais confiantes de que a inflação está retornando à meta do banco e irão debater se começarão gradualmente a reduzir seu programa de compra de ativos.
As observações ajudaram a impulsionar o euro para a máxima de três semanas em relação ao dólar. A fraqueza correspondente no índice dólar, que mede a força da moeda em comparação com a cesta de seis principais divisas e que operou em baixa nas últimas quatro sessões, ajudava a sustentar a cotação do ouro uma vez que o metal precioso se tornava mais acessível aos detentores de moedas estrangeiras.
Quanto a outros metais, os contratos futuros da prata recuavam 0,6% para US$ 16,715 a onça troy por volta das 05h04.
Os Contratos futuros de paládio recuavam 0,3% para US$ 1.007,00 a onça, enquanto a platina tinha queda de 0,03% e era negociada a US$ 900,60.
Em metais de base, o cobre estava em baixa de 0,5%, negociado a US$ 3,260 a libra.