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Amanhã: Veja os 3 principais temas do mercado nesta sexta-feira

Publicado 14.06.2018, 18:27
© Reuters.  Amanhã: Veja os 3 principais temas do mercado nesta sexta-feira
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Investing.com - O Ibovespa renovou a mínima de 2018 após nova desvalorização nesta quinta-feira, pressionado pelos bancos em meio ao ambiente de incertezas na economia e na política.

O índice caiu 0,97% aos 71.421 pontos, dando sequência a movimento negativo que registra sete quedas nos últimos oito pregões, acumulando perdas de 9%.

O dólar disparou 2,5% e fechou a R$ 3,819, na maior alta diária em mais de um ano, mesmo após forte atuação do BC que despejou 100 mil contratos em três leilões de swap, injetando cerca de US$ 5 bilhões no mercado. No exterior, a moeda avançou 1,4% frente a uma cesta de moedas e foi ao maior valor em quase 3 semanas.

Os investidores seguem pessimistas com o país em meio a fraqueza do governo em aprovar qualquer medida de ajustes nas contas públicas ou matérias como a privatização da Eletrobras (SA:ELET3) e sem um cenário claro para 2019, com as pesquisas de intenção de voto sem dar uma definição para os investidores.

Neste ambiente de incertezas, a aceleração do ritmo de alta de juros do Federal Reserve, anunciada ontem, e o fim dos estímulos na Europa acabam afastando o investidor dos mercados de maior risco como o brasileiro.

Os juros dispararam com alta de 0,56 p.p. nos contratos DI para janeiro de 2020, a 9,45%, e avanço de 0,48p.p. no vencimento em janeiro de 2021, a 10,41%. No contrato mais curto, para janeiro de 2019, os juros futuros subiram 0,37 p.p. para 7,63%.

O Bradesco liderou as perdas com recuo de -5,1% nas ações ordinárias (SA:BBDC3) e de -4,1% nas preferenciais (SA:BBDC4). O Banco do Brasil (SA:BBAS3) ficou com a segunda maior queda com -4,5%, enquanto o Santander (SA:SANB11) desvalorizou 3,6%, o Itaú (SA:ITUB4) cedeu -3,5% e o Itaúsa (SA:ITSA4) -3,3%. O IFNC perdeu -2,8% e está na mínima desde julho de 2017.

Entre as demais blue chips, a Petrobras (SA:PETR4) caiu -0,5%, Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e Gerdau (SA:GGBR4) perderam -1,4%, Usiminas (SA:USIM5) afundou -3,1% e a CSN (SA:CSNA3) fechou com -2,4%. A Vale (SA:VALE3) destoou com ganhos de 0,3%.

O varejo seguiu como destaque positivo após os números fortes de consumo de abril animarem o mercado. Magazine Luiza (SA:MGLU3) ganhou 6,2% e liderou a ponta azul do Ibovespa, seguida de Cielo (SA:CIEL3) com +5,1%, B2W (SA:BTOW3) (+4,9%) e Via Varejo (SA:VVAR11) que avançou 2,6%. A BRF (SA:BRFS3) fechou com ganhos de 3,3% em meio à notícia de que Pedro Parente foi oficialmente convidado a assumir a empresa.

Exterior no positivo

A sessão foi positiva para as bolsas europeias com o anúncio do BCE que o programa de recompra de ativos será reduzido de 30 bilhões de euros mensais para 15 bilhões de euros a partir de setembro, até seu encerramento em dezembro.

Wall Street registrou novo recorde no Nasdaq com +0,8% a 7.761 pontos e S&P 500 ganhou 0,2% a 2.782 pontos, enquanto o Dow recuou -0,1%.

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Veja os principais temas do calendário econômico que deverão movimentar o mercado nesta sexta-feira:

1. Tensões tarifárias em foco

O presidente dos EUA, Donald Trump, decidirá ainda nesta noite se vai impor as tarifas de US$ 50 bilhões em importações chinesas a partir de amanhã.

Se os EUA confirmarem as tarifas, aumenta o risco de retaliação por parte de Pequim, renovando os temores de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A lista de produtos importados sujeitas à nova tarifação, contudo, foi reduzida da lista original em abril. A taxação deverá abranger entre 800 e 900 produtos, contra cerca de 1.300 produtos informados em abril pelo US Trade Representative, segundo informou a CNBC, citando três fontes familiarizadas com o assunto.

O movimento seria mais um passo na direção de uma possível guerra comercial global que vem sendo estimulada pelo governo norte-americano, que taxou grandes parceiros e aliados político-militares como a UE e o Canadá. Os países prometeram recentemente retaliar com contra-medidas às tarifas sobre aço e alumínio importados.

2. BoJ, Inflação na Europa, sentimento do consumidor e dados de indústria nos EUA

Para encerrar a semana dos principais bancos centrais, o Bank of Japan informa o resultado de sua política monetária. Os investidores esperam a manutenção da taxa em -0,1% e não aguardam grandes novidades no programa de compra de títulos após os dados fracos de inflação de abril.

A inflação na zona do euro relativa a maio será publicada às 6h e os analistas preveem aceleração do índice mensal para 0,5%, contra 0,3% do mês anterior. O núcleo deverá subir para 0,3%, ante 0,2%.

Nos 12 meses, a aposta é que o índice cheio permaneça em 1,9% e o núcleo em 1,1%.

Nos EUA, o relatório industrial de Nova York e dados do sentimento do consumidor completam os principais eventos econômicos globais desta semana.

Espera-se que o índice de expectativas do consumidor de Michigan, publicado às 11h, mostre uma leitura de 86,9 para maio, enquanto a previsão de confiança do consumidor mostre uma leitura de 98,8, inalterado em relação ao mês anterior.

O índice de manufatura Empire State do Fed de New York sai às 9h30 e deverá apresentar uma queda para 19,10 em junho, na comparação com os 20,10 de maio.

3. IBC-Br ajuda a modelar cenário

No Brasil, os investidores locais aguardam a publicação de dados de atividade econômica para ajustarem o cenário de crescimento do país.

Após a surpresa com o varejo de abril, o índice poderá surpreender o mercado, que projeta uma alta de 0,50%. O consenso foi medido antes dos números do comércio publicados entre quarta e quinta-feira.

Se confirmado o avanço, seria o segundo mês do ano no positivo, após discreta subida de 0,09% em fevereiro. Em janeiro, o índice caiu -0,56% e, em março, -0,74%.

Como o número é referente ao mês de abril, ele ainda não traz o impacto da greve dos caminhoneiros deflagrada em meados do mês seguinte.

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Veja todos os eventos que poderão mexer com o mercado no calendário econômico do Investing.com Brasil

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