SÃO PAULO (Reuters) - As elétricas Atlas Energy, Rio Energy e Naturgy (ex-Gas Natural Fenosa) tiveram autorização nesta quarta-feira para iniciar a operação comercial de usinas eólicas e solares na Bahia e em Minas Gerais.
Segundo despacho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no Diário Oficial da União, os empreendimentos das empresas que passarão a produzir em caráter comercial somam uma capacidade instalada de cerca de 270 megawatts.
A Rio Energy, do fundo norte-americano Denham Capital, teve aval para a operação de usinas de seu complexo eólico Serra da Babilônia, no município baiano de Morro do Chapéu, em um total de 225,6 megawatts.
Para a Atlas, controlada pelo fundo britânico Actis, a autorização foi válida para a usina solar Juazeiro, em cidade do mesmo nome na Bahia, com 14 megawatts.
Já a Global Power Generation, subsidiária da Naturgy, teve liberação para as usinas solares Guimarânia I e II, em município com o mesmo nome em Minas Gerais. Os empreendimentos somam 62 megawatts em capacidade.
REVOGAÇÃO
Em paralelo à autorização da Aneel para novas usinas, o Ministério de Minas e Energia decidiu declarar extintas as concessões das termelétricas a carvão Nutepa, Presidente Médici (Fases A e B) e São Jerônimo, todas no Rio Grande do Sul e operadas pela CGTEE, braço da estatal Eletrobras (SA:ELET3).
Segundo portaria da pasta no Diário Oficial, a medida não implicará ônus ao Poder Concedente e nem à Aneel, que deverá tomar as providências necessárias para viabilizar a revogação dos contratos das usinas, que entraram em operação entre os anos 50 e 60.
As térmicas somam capacidade de 490 megawatts, sendo 446 megawatts da usina Presidente Médici.
(Por Luciano Costa)