SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será responsável pelo leilão da distribuidora de energia goiana Celg-D, controlada pela Eletrobras (SA:ELET3), mas não financiará interessados na aquisição da empresa, que deverá ser privatizada em março, afirmou nesta segunda-feira o presidente da companhia, Sinval Gama.
"Não está programado financiamento do BNDES. Eles (interessados) têm de arranjar outros tipos de financiamentos, de outros bancos, que já devem ter", disse o executivo a jornalistas, ao chegar para uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
O governo federal publicou nesta segunda-feira portaria que delega à diretoria do BNDES a realização do leilão da elétrica, que acontecerá em sessão presencial na BM&FBovespa (SA:BVMF3), em março. O processo estava sob responsabilidade do Ministério de Minas e Energia.
Segundo Zaidan, a escolha do BNDES para tocar o processo de privatização deve-se à qualificação da instituição como banco e agente de mercado.
"Na hora em que você vai vender uma empresa, você precisa de um banco, que defina valores, modelagem e faça o leilão. Isso é papel de um banco", disse.
O leilão da Celg-D terá um preço mínimo de cerca de 2,8 bilhões de reais, correspondente à fatia majoritária da Eletrobras na empresa e mais parcelas minoritárias do governo de Goiás e de funcionários da concessionária.
(Por Luciano Costa em São Paulo e Leonardo Goy em Brasília)