BUENOS AIRES (Reuters) - A produção argentina de milho, cuja colheita está prestes a terminar, será de 52 milhões de toneladas na temporada 2021/22, acima dos 49 milhões previstos anteriormente, devido a um reajuste no cálculo da área destinada ao cereal, informou nesta quinta-feira o Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
Na quarta-feira, a bolsa elevou a projeção da área plantada com milho 21/22 para 7,7 milhões de hectares, ante 7,3 milhões estimados anteriormente. A Argentina é o terceiro maior exportador mundial de milho, atrás dos Estados Unidos e Brasil.
Em seu relatório semanal de safra, a bolsa destacou que as condições predominantemente secas da última semana favoreceram as tarefas de colheita, que já estão em fase final.
"A queda na umidade dos grãos impulsionou a colheita em províncias como Chaco e Salta. Logo, houve um avanço semanal na colheita de 8,1 pontos percentuais e já foram colhidos 97,9% da área apta em todo o país", disse a bolsa.
Em relação ao milho do ciclo 2022/23, cujo plantio terá início nas próximas semanas, a Bolsa de Cereais estimou na quarta-feira a área em 7,5 milhões de hectares, abaixo da área da campanha atual, devido à queda na rentabilidade da cultura e baixa umidade no solo.
TRIGO 22/23
Por outro lado, a entidade manteve sua previsão para a área de trigo do ciclo 2022/23 em 6,1 milhões de hectares, que está em pleno plantio na Argentina, um dos maiores exportadores mundiais de alimentos.
"A partir deste relatório, 70,6% da área apresenta condições hídricas adequadas/ótimas, concentradas principalmente no sul da área agrícola", disse a bolsa, que por sua vez alertou para possíveis perdas no norte da Argentina devido à seca.
(Reportagem de Nicolás Misculin)