Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira que além das conversas com a Rússia para o fornecimento de diesel, o Brasil também mantém negociações com países árabes para a importação do produto como parte da estratégia para reduzir o preço dos combustíveis.
Bolsonaro, que é candidato à reeleição, já havia afirmado anteriormente que negociava o fornecimento de diesel mais barato com o presidente russo, Vladimir Putin, e agora mencionou também os países árabes, sem detalhar quais.
"O diesel, continuamos negociando com a Rússia e outros países do mundo árabe para que nós possamos a comprar diesel desses países. Vai chegar o diesel mais barato aqui", disse o presidente em sua tradicional live semanal em redes sociais. Em julho, o presidente já havia afirmado que um acordo sobre o tema com a Rússia estava "quase certo" e, na ocasião, manifestou a expectativa de que as primeiras cargas chegassem ao Brasil em dois meses, o que acabou não ocorrendo.
A Rússia sofre sanções internacionais desde a invasão aUcrânia e, na contramão dos europeus e norte-americanos, e mesmo com a pressão desses países, o governo brasileiro segue com as negociações com os russos sob o discurso de manter posição de neutralidade.
Nesta quinta, Bolsonaro voltou a creditar a melhora no preço dos combustíveis à aprovação pelo Congresso do teto do ICMS que incide sobre o produto, e também às trocas no comando da Petrobras (BVMF:PETR4) e do Ministério das Minas e Energia.
Bolsonaro aposta que uma melhora nos preços dos combustíveis, a partir da redução do custo do frete, poderá resultar em uma queda na inflação relacionada a gêneros alimentícios.