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A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) informou, nesta 5ª feira (11.set.2025), que o Brasil colheu 350,2 milhões de toneladas de grãos na safra de 2024/25. Os dados da companhia indicam que a produção cresceu 16,3% no período.
A recuperação da produtividade das lavouras em Mato Grosso (MT) por causa de melhores condições climáticas influenciaram no resultado, segundo a companhia. O levantamento foi concluído na última semana de agosto.
Os maiores crescimentos de safra foram registrados no milho 2ª safra, no arroz, que também teve sua área revisada por meio de mapeamento no Rio Grande do Sul, e na soja, que teve produção revisada.
Na contramão, o trigo teve redução de volume colhido e diminuição na área plantada.
O relatório trouxe como destaque:
- produção de soja – a colheita fechou a temporada em 171,5 milhões de toneladas, crescimento de 20,2 milhões em relação à temporada anterior;
- milho – somando as 3 safras da cultura, o milho alcançou 139,7 milhões de toneladas colhidas, incremento de 20,9%;
- arroz – a produção ficou em 12,8 milhões de toneladas, um aumento de 20,6%, sendo a 4ª maior já registrada pela Conab;
- produção de feijão – a companhia estima produção de 3,1 milhões de toneladas, redução de 4% no volume colhido;
- algodão – para a pluma, a produção fica em 4,1 milhões de toneladas, crescimento de 7,3% em relação à safra passada; e
- trigo – para a cultura de inverno, são estimadas 7,5 milhões de toneladas colhidas, com redução de 4,5% no volume de produção.
CHUVA
Em agosto de 2025, os maiores acumulados de chuva ocorreram no extremo norte da Região Norte, leste da Região Nordeste e na Região Sul, com volumes que ultrapassaram 120 mm (milímetros), contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas, segundo a Conab.
Já no interior da Região Nordeste e parte central do país, menores acumulados de chuvas foram observados, reduzindo os níveis de umidade do solo.
Em grande parte da Região Centro-Oeste, os volumes de chuva ficaram abaixo de 10 mm, com exceção do noroeste de Mato Grosso e sul de Mato Grosso do Sul, onde os totais ultrapassaram 50 mm. A ausência de chuvas em grande parte da região favorece a redução dos níveis de umidade no solo, porém, beneficia a maturação e a colheita do algodão e do milho 2ª safra.
Na Região Sul, os volumes de chuva foram acima de 100 mm no Rio Grande do Sul, parte de Santa Catarina e sudoeste do Paraná. No norte do Paraná, as chuvas foram mais escassas, com volumes abaixo de 40 mm.
No geral, os volumes de chuva garantiram níveis de armazenamento de água no solo satisfatórios, favorecendo o início da semeadura do milho primeira safra em algumas localidades.