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Câmbio representa mais risco do que frete a produtor de soja do Brasil, diz consultor

Publicado 24.07.2018, 16:06
© Reuters. Funcionários trabalham em navio-cargueiro de soja com destino à China no Porto de Santos, Brasil
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SÃO PAULO (Reuters) - As oscilações do câmbio no Brasil são atualmente o maior risco para os produtores de soja do país, muito mais que as incertezas sobre fretes ou a disputa comercial entre Estados Unidos e China, disse nesta terça-feira o chefe do setor de grãos da Datagro, Flávio França Júnior.

De acordo com ele, o cenário eleitoral tende a trazer forte volatilidade ao dólar e, a depender do vencedor do pleito, a moeda norte-americana pode estar no momento de venda da colheita em um patamar totalmente diferente do observado na época do plantio.

"O produtor pode plantar com o dólar a 3,80 reais e, se alguém comprometido com o mercado, com reformas, vencer as eleições, poderá vender a soja a 3,20 reais lá na frente", afirmou no intervalo do Global Agribusiness Forum (GAF), em São Paulo.

Ele comentou que está instruindo produtores a travar preços futuros para o máximo possível da próxima safra, cuja semeadura começa entre setembro e outubro e a colheita se dá a partir de janeiro.

O Brasil é o maior exportador global da oleaginosa e tende a se firmar também como maior produtor em 2018/19, à frente dos Estados Unidos.

Segundo França Júnior, a moeda norte-americana nos atuais patamares tende a impactar o uso de fertilizantes e outros insumos no momento do plantio, com os agricultores priorizando produtos com tecnologia inferior.

"Se isso vai afetar a produtividade, difícil dizer, pois se chover bem, recupera. Mas que deve ter fertilizantes com menos tecnologia, deve", destacou.

Citando números preliminares, França Júnior disse que a área semeada com a oleaginosa tende a crescer cerca de 3 por cento na temporada 2018/19, para pouco mais de 36 milhões de hectares. Ele não projetou um número de safra.

Sobre a disputa comercial entre EUA e China, o consultor comentou que o Brasil não saiu com vantagens, apesar da potencial maior demanda chinesa pela soja brasileira.

© Reuters. Funcionários trabalham em navio-cargueiro de soja com destino à China no Porto de Santos, Brasil

"A queda dos preços em Chicago foi parcialmente compensada pelos prêmios mais altos. Mesmo assim, nesses últimos três meses o preço FOB de exportação de soja caiu 15 por cento", destacou.

(Por José Roberto Gomes)

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