Por Maximilian Heath
BUENOS AIRES (Reuters) - A condição de navegação do Rio Paraná na Argentina é "normal", informou na terça-feira o Prefeitura Naval (PNA), após os estudos realizados depois da libertação de um navio encalhado que impedia a passagem de outros barcos para o pólo agrícola portuário de Rosário, um dos maiores do mundo.
Segundo o site da PNA, a situação da Via de Navegação do Paraná na altura de San Nicolás, no quilômetro 345 da hidrovia, voltou a ser “normal” após ter um “fechamento total” devido ao encalhe da embarcação Clara Insignia.
A Prefeitura informou que o navio foi liberado às 22h30 (horário local de segunda-feira), mas o canal em San Nicolás permaneceu fechado nas primeiras horas da terça-feira para avaliações do fundo do rio.
Contudo, o gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas, Guillermo Wade, disse que ainda falta mais um passo para a normalização total do trânsito.
A "informação foi repassada à Subsecretaria de Portos, Hidrovias Navegáveis e Marinha Mercante. Estes cumpriram passos, se a profundidade for adequada, a Prefeitura reabre a navegação", disse Wade à Reuters.
Como o pólo portuário agrícola de Rosário está localizado a partir do quilômetro 410 no Paraná, devido ao encalhe os navios não conseguiam chegar aos terminais daquela área, nem aqueles que atracaram nos portos de Rosário voltavam para águas internacionais para continuarem suas viagens.
A região de Rosário carrega mais de 80% das exportações agrícolas e quase todos os embarques empresas agroindustriais da Argentina. O país é um importante exportador global de derivados soja, milho e trigo.
O incidente ocorreu num momento de baixo trânsito de navios, já que a soja e milho, as principais culturas argentinas, estão em fase de desenvolvimento nos campos do país, e sua colheita e transporte só começa em abril.