SÃO PAULO (Reuters) - O volume de produtos agrícolas originado, processado e comercializado pela Cargill no Brasil ultrapassou 36 milhões de toneladas em 2019, aumento de 12% na comparação com o ano anterior, disse nesta quarta-feira Paulo Sousa, presidente da unidade brasileira, ao divulgar o balanço do período.
Já a receita líquida consolidada da Cargill Agrícola, principal unidade da empresa no Brasil, presente em 17 Estados, aumentou 6,7% no ano passado, para 48,6 bilhões de reais, enquanto o lucro líquido caiu 45%, para 345,5 milhões de reais.
"2019 foi um ano forte para a colheita do Brasil, que aumentou a receita, pois os volumes negociados foram maiores que o ano anterior... Ao olharmos para 2020, com os impactos econômicos e a diminuição de demanda causados pela pandemia do Covid-19, vamos lidar com um cenário sem precedentes nas últimas gerações", comentou o presidente da Cargill no Brasil.
"Mas seguimos apostando no potencial, e fazendo nossa parte, em ter o Brasil como um fornecedor confiável de alimentos para o mundo. Segurança alimentar aqui no Brasil, e suprimento confiável e competitivo para os clientes globais", completou Sousa.
A empresa é uma das maiores exportadoras de soja e milho do Brasil, maior player global na oleaginosa e o segundo no cereal.
Em 2019, a Cargill anunciou investimentos de 500 milhões de reais no Brasil, e até o final do ano havia aumentado esse valor para 656 milhões de reais, alta de 31%.
Sobre os investimentos, a empresa disse em nota que segue os planos da construção, em andamento, da fábrica de pectina de Bebedouro, no interior de São Paulo, mesmo diante do cenário difícil para a economia devido ao coronavírus.
Esse projeto não expande apenas as possibilidades no mercado global de pectina (agente texturizante versátil, derivado de insumos naturais, para a indústria de alimentos), mas também reforça a inovação do portfólio da empresa, disse a Cargill.
(Por Roberto Samora)