SÃO PAULO (Reuters) - Treze estabelecimentos produtores de carnes do Brasil foram aprovados para exportar aos chineses, disse em mensagem no Twitter a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nesta terça-feira.
As nova aprovações ocorrem à medida que o país asiático lida com uma escassez de oferta de carne suína após seu rebanho ter sido reduzido pela peste suína africana. Com isso, a China tem ampliado compras de todas as proteínas de animais, especialmente do Brasil, grande exportador global.
Foram aprovadas cinco unidades de suínos, cinco de bovinos e três de aves, segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura, que não tinha imediatamente os nomes das empresas.
Marfrig (SA:MRFG3) e BRF (SA:BRFS3) informaram que têm fábricas entre as novas aprovações.
"Nas prévias da realização do encontro dos Brics (nesta semana), a notícia das novas habilitações dá o tom da parceria que China e Brasil estão construindo em prol da segurança alimentar e da ampliação da pauta comercial", disse o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, em nota.
"Já consolidado como principal fornecedor externo de frango para a China, o Brasil agora deve expandir sua participação, também, nas vendas de carne suína", acrescentou Turra.
Agora, o Brasil passa a contar com 16 plantas habilitadas para exportar carne suína, e 46 plantas para embarques de carne de frango, disse a ABPA, que representa produtores dessas duas proteínas.
Desde janeiro deste ano, a China assumiu a liderança entre os principais destinos das exportações da avicultura e da suinocultura do Brasil, segundo a ABPA.
Entre janeiro e outubro, o país asiático importou 183,1 mil toneladas de carne suína (+40% em relação ao mesmo período do ano passado), gerando receita de 429,8 milhões de dólares (+66%), de acordo com dados da ABPA.
De carne de frango, foram 444,7 mil toneladas (+22%) à China, com resultado cambial de 931,7 milhões de dólares (+38%).
Ao todo, 31,4% da carne suína e 13,3% da carne de frango exportadas pelo Brasil em 2019 foram embarcadas com destino à China, completou a associação.
(Por Roberto Samora e Ana Mano)