PEQUIM (Reuters) - A China quer ter laços militares mais estreitos com o Irã, disse o ministro da Defesa chinês ao comandante da Marinha iraniana, que estava de visita a Pequim, segundo informou a mídia estatal nesta quinta-feira, reafirmando assim as relações bilaterais apesar da controvérsia sobre os planos nucleares do Irã.
O ministro da Defesa chinês, Chang Wanquan, disse ao chefe da Marinha iraniana, contra-almirante Habibollah Sayyari, que as duas forças armadas têm mantido "uma boa cooperação em visitas mútuas, treinamento de pessoal e outros campos nos últimos anos", de acordo com a agência de notícias oficial da China, a Xinhua.
"O intercâmbio entre as duas Marinhas tem sido frutífero e seus navios de guerra fizeram visitas bem-sucedidas um ao outro", declarou Chang, segundo a agência.
"Chang enfatizou que a China está disposta a trabalhar com o Irã para aprofundar a cooperação pragmática e reforçar os laços entre os militares."
De acordo com a Xinhua, Sayyari disse que o Irã atribui grande importância às suas relações com a China e está "pronto para reforçar os intercâmbios bilaterais para fazer avançar a cooperação entre as duas forças armadas, especialmente a cooperação naval".
Pela primeira vez na história, dois navios de guerra chineses atracaram no porto de Bandar Abbas, do Irã, para participar de exercícios navais conjuntos no Golfo Pérsico, informou a mídia estatal iraniana em 20 de setembro.
A cooperação naval entre o Irã e a China é destinado a reforçar a capacidade militar do Irã no Golfo Pérsico, dizem os analistas, bem como exibir o plano da China de exercer maior influência e presença para além da Ásia.
(Reportagem adicional de Parisa Hafezi em Ancara, Reportagem de Ben Blanchard)