Investing.com – O Citigroup (BVMF:CTGP34) (NYSE:C) revisou para cima seu cenário para os preços do petróleo, após avaliar eventos históricos de risco e o potencial de interrupções na oferta no Oriente Médio.
O banco norte-americano mantém sua previsão-base de US$ 74/barril para o Brent no quarto trimestre deste ano e US$ 65/barril no primeiro trimestre de 2025, com uma probabilidade indicativa de 60%, devido aos fundamentos fracos do mercado de petróleo.
Contudo, o Citi elevou seu cenário otimista para os preços do petróleo no 4T’24 e 1T’25 de US$ 80/barril para US$ 120/barril, aumentando a probabilidade indicativa para 20%, em vez dos 10% anteriores, dado o aumento do risco de o mercado temer ou concretizar perdas de oferta nos próximos meses.
Um exemplo recente de escalada de conflito com impacto potencial semelhante no Oriente Médio é a guerra entre Rússia e Ucrânia em fevereiro de 2022, quando o petróleo Brent saltou para uma média de US$ 116/barril no segundo trimestre de 2022, afirmou o banco.
“Nossa nova projeção otimista baseia-se em receios de oferta e interrupções de magnitude e duração semelhantes ao que ocorreu em 2022”, disseram os analistas do Citi em uma nota datada de 14 de outubro.
As perdas resultantes de uma escalada podem variar desde um ataque a uma refinaria, interrompendo o fornecimento de petróleo e líquidos (algo entre 0,1 e 0,7 milhões de barris por dia), até a perda da maior parte das exportações de petróleo do Irã (cerca de 1,5 milhão de bpd), podendo até impactar os fluxos de petróleo através do Estreito de Ormuz (até 20 milhões de bpd), "embora consideremos esta última hipótese altamente improvável."
As interrupções no fornecimento também podem surgir como resposta do Irã, visando ativos energéticos regionais.
“No nosso cenário otimista, modelamos interrupções reais maiores do que no caso da Rússia e Ucrânia; no entanto, níveis mais elevados de capacidade ociosa e estoques, juntamente com uma demanda enfraquecida, podem gerar uma resposta de preços semelhante,” acrescentou o Citi.
O cenário pessimista do banco inclui o aumento da produção pela Opep+ a partir de dezembro, e uma redução nos riscos de oferta, resultando em preços de US$ 60/barril no 4T’24 e US$ 55/barril no 1T’25, com probabilidade indicativa de 20%, reduzida em relação aos 30% anteriores.