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Investing.com - Os preços do cobre foram negociados em baixas de seis semanas nesta quinta-feira, uma vez que as quedas acentuadas nos mercados de ações da China e uma maior depreciação do yuan diminuíram o apetite para o metal vermelho.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o cobre com vencimento em março caiu 6,0 centavos, ou 2,86%, e foi negociado a US$ 2,028 por libra, às 07h50min. GMT, ou 02h50min. ET. No início do dia, os preços caíram para US$ 2,023, o nível mais baixo desde 24 de novembro. Na quarta-feira, o cobre recuou 0,7 centavos, ou 0,36%, após a divulgação de dados decepcionantes do setor de serviços da China.
As negociações na Bolsa de Xangai foram interrompidas nesta quinta-feira por cerca 30 minutos após a abertura, quando o valor de referência do Shanghai Composite despencou 7,21%, acionando o mecanismo (circuit breaker) que suspende as operações pela segunda vez nesta semana.
O pregão foi suspenso por 15 minutos, quando o CSI300, referência das blue chips das Bolsas de Xangai e Shenzhen, caíram mais de 5%. Na retomada das negociações, o índice ampliou as perdas em mais de 7% e o pregão foi interrompido para o restante do dia.
Os participantes do mercado estão preocupados com que a queda no mercado de ações se espalhe para outras partes da economia, provocando temores de que a demanda da nação pelo metal industrial caia.
Enquanto isso, o Banco Popular da China colocou a taxa de referência oficial no nível mais baixo desde março de 2011, em meio a preocupações persistentes com uma desaceleração econômica e saídas de capital.
O yuan onshore controlado caiu 0,5% e foi negociado em uma baixa de cinco anos de 6,5912 (USD/CNY), a maior queda diária desde agosto do ano passado, quando a China desvalorizou sua moeda em 2%.
Alguns participantes do mercado veem a tática como uma tentativa de a China reforçar o crescimento, ao passo que outros estão preocupados com uma guerra de moedas que poderiam desestabilizar a economia global.
O cobre caiu 4,5% até agora nesta semana, uma vez que investidores se concentraram na deterioração das perspectivas para a China e o impacto sobre a economia mundial.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.
Em outra parte das negociações de metais, os futuros de ouro operaram em uma alta de nove semanas, uma vez que como os participantes do mercado procuraram por refúgio em meio a quedas acentuadas nos mercados acionários mundiais.
O metal amarelo subiu 3,5% até agora na semana devido à procura por refúgio em meio a uma queda do mercado de ações mundial, preocupações com a economia chinesa e tensões geopolíticas.