Investing.com - Os preços do cobre saíram de uma alta de duas semanas nesta segunda-feira, uma vez que um dólar dos EUA mais forte reduziu o apelo pelo metal vermelho, mas as perdas foram limitadas após a liberação de dados econômicos da China melhores do que o esperado ao longo do fim de semana.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,4% para 98,00. Um dólar mais forte reduz a demanda por matérias-primas como um investimento alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Enquanto isso, na China, o National Bureau of Statistics informou no sábado que a produção industrial cresceu a uma taxa anualizada de 6,2% em novembro, o ritmo mais rápido em cinco meses.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o cobre com vencimento em março caiu 1,5 centavos, ou 0,73%, e foi negociado a US$ 2,101 por libra durante as negociações da manhã em Londres. Enquanto isso, o contrato de três meses de cobre na London Metal Exchange caiu 0,33%, para US$ 4.663,00 por tonelada.
Na sexta-feira, os preços subiram para $ 2,138, o nível mais alto desde 26 de novembro, em meio ao otimismo com os recentes anúncios de corte de abastecimento por parte das grandes empresas de mineração, tais como a Glencore (L:GLEN), a Freeport McMoran (N:FCX) e a Anglo American (L:AAL).
As maiores empresas de mineração do mundo estão se recuperando da forte derrota dos preços das commodities neste ano.
O cobre está a caminho de marcar uma queda anual de 27% em 2015, uma vez que as preocupações relacionadas com uma desaceleração da economia global liderada pela China assustaram os traders e confundiram o sentimento.
Em outra parte das negociações de metais, os futuros de ouro operaram em forte queda nesta segunda-feira, mas ainda ficaram na faixa de negociação familiar, uma vez que os participantes do mercado se preparam para o primeiro aumento das taxas nos EUA desde 2006 nesta emana.
O Banco Central dos EUA (Fed) deve aumentar as taxas de juros pela primeira vez em quase uma década na conclusão da sua reunião de política de dois dias às 14h, horário do leste dos EUA, na quarta-feira. O banco central também vai divulgar suas projeções de crescimento econômico e taxa de juros mais recentes.
A presidente do Fed, Janet Yellen, deve participar de uma coletiva de imprensa de 30 minutos, após a divulgação da declaração do Fed, uma vez que os investidores estão aguardando sinais sobre o aumento das taxas de juros.
Muitos do mercado preveem um aumento gradual em meio a preocupações com o crescimento fraco no exterior e políticas monetárias divergentes entre os EUA e outras nações.