LONDRES (Reuters) - A Colômbia espera produzir 13 milhões de sacas de café neste ano, na faixa superior das projeções de produtores, mas não antecipa uma forte recuperação dos preços, disse nesta terça-feira o ministro de Finanças do país, Mauricio Cardenas, em entrevista à Reuters.
A queda de 50 por cento no valor do peso colombiano ante o dólar este ano minimizou o impacto, para os produtores, da queda de 25 por cento nos preços do arábica, que tocaram mínima de 18 meses no mês passado.
"Este ano iremos alcançar 13 milhões de sacas de 60 kg em produção", disse o ministro Cardenas.
A Associação Nacional dos Produtores de Café da Colômbia estimou a produção de arábica do país em 12,5 milhões a 13 milhões de sacas, ante 12,5 milhões no ano passado.
A Colômbia é o maior produtor mundial de arábica lavado de alta qualidade.
"A depreciação do peso tem sido uma notícia muito boa para os produtores de café, porque nós temos conseguido manter os preços domésticos acima dos custos... Há 600 mil famílias que sobrevivem da produção de café", disse o ministro.
A expectativa de uma alta dos juros nos Estados Unidos este ano e uma ampla desaceleração das economias emergentes pressionaram o peso e, junto com uma queda nos preços do petróleo, minou a saúde fiscal da Colômbia.
"Em termos de perspectiva para os preços internacionais (do café), nós não estamos contando com uma alta nos preços. Estamos fazendo todos os nossos planos com preços que estão relativamente estáveis, em cerca de 1,20 dólar por libra-peso", afirmou.
(Por Amanda Cooper)