SÃO PAULO (Reuters) - Os preços da gasolina e diesel, que tinham registrado uma baixa na segunda semana de maio, devem seguir pressionados nos postos após a redução anunciada para quarta-feira pela Petrobras (BVMF:PETR4), avaliou um especialista da ValeCard, empresa que realiza levantamento de cotações de combustíveis com base em transações em mais de 25 mil estabelecimentos.
O preço da gasolina vendida nas refinarias da Petrobras a partir de quarta-feira será reduzido em 0,40 real o litro, ou 12,6%, e o diesel terá um corte de 0,44 real o litro, ou quase 13%, informou na estatal.
Já o prazo dos repasses de preço da Petrobras pelas distribuidoras e postos é mais difícil de se prever, afirmou Brendon Rodrigues, Head de inovação e portfólio na ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas.
"A questão de prazo é meramente especulativo. Quando tem aumento de preço, acontece basicamente instantaneamente (o repasse). Quando é redução de preço, existe uma questão de diminuição de estoque, aquisição de estoque... estima-se que leva-se até 15 dias para ter reflexo nas bombas", disse ele à Reuters.
"O impacto não será imediato, pois os distribuidores já adquiriram combustível com o preço anterior. Logo, a nova política de preços serve para futuras compras. A partir daí observaremos o impacto nos preços da gasolina e diesel nos postos", disse.
Ele afirmou ainda que normalmente tem alguma apropriação de valores de custos e fretes na cadeia de distribuição, então é possível que o repasse das reduções da Petrobras não chegue integralmente aos consumidores.
Segundo levantamento da ValeCard, os preços de combustíveis tiveram reduções na segunda semana de maio em relação à semana anterior. A gasolina caiu 0,72%, o etanol hidratado 1,7% e diesel 2,72%.
(Por Roberto Samora)