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Comerc reforça comercialização de energia para pequenas empresas

Publicado 23.02.2022, 15:49
© Reuters. Linhas de transmissão de energia em Diadema (SP) 
10/02/2015
REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo Comerc está aumentando sua aposta na comercialização de energia elétrica a consumidores de pequeno porte para 2022, um ano que considera crucial para o crescimento dos negócios na área, na esteira de recentes avanços para a abertura do mercado livre de energia no país.

A companhia tem desde 2016 um veículo próprio para atuar no chamado "varejo" do setor elétrico --a Comerc Futuro--, mas foi só após mudanças regulatórias no último ano que os negócios ganharam impulso o suficiente para tornar a unidade independente das demais empresas do grupo, disse à Reuters João Aramis, CEO da Comerc Futuro.

O executivo não revela o tamanho da carteira atual da comercializadora varejista, nem projeções de crescimento, mas diz que a ambição é alçá-la a um dos maiores players no mercado.

A comercialização varejista prevê a venda de energia a consumidores com demanda relativamente baixa, entre 3 e 0,5 megawatts (MW). São principalmente pequenos e médios estabelecimentos comerciais e de serviços, como farmácias, supermercados e academias, um universo de consumidores ainda atendido majoritariamente pelas distribuidoras de energia.

Para crescer nesse nicho, a Comerc Futuro vai explorar sinergias com a carteira de clientes e produtos do próprio grupo --que possui empresas em várias vertentes do setor elétrico e é líder em gestão no mercado livre--, e também com a Vibra Energia, que no ano passado anunciou a compra de 50% da Comerc.

"A Vibra é líder em distribuição de combustíveis, tem quase 40% de market share, são quase 8 mil postos e 18 mil clientes corporativos... vamos contar com essa capilaridade", afirmou Aramis.

"Esse é um universo de grande escala, são empresas que às vezes não tem nem site, só tem rede social. Então, para chegar neles, apostamos também em tecnologia, temos um time de quase 80 desenvolvedores dentro do grupo."

Outro diferencial é o portfólio de projetos de geração de energia junto à gestora Perfin, também sócia da Comerc. A implantação de 2 GW em usinas solares vai garantir à empresa acesso a uma energia renovável e barata, além conferir lastro e mais confiabilidade à comercialização de energia, destacou o executivo.

SOLUÇÕES

A Comerc Futuro desenvolveu dois produtos para atrair consumidores de pequeno porte que desejam migrar para o mercado livre. Em um deles, oferece uma economia garantida na conta de luz, que pode chegar a até 20%. No outro, o consumidor faz um hedge de preços, obtendo uma economia variável.

Segundo Aramis, a expectativa é de que o segmento varejista ganhe fôlego em 2022, já que uma lei aprovada no ano passado afastou incertezas regulatórias, principalmente relacionadas ao desligamento desses consumidores em caso de inadimplência.

Ele observou ainda que dois projetos de lei que tratam da ampliação do mercado livre têm avançado no Congresso desde o fim de 2021, após terem ficado parados por anos.

Pelas regras atuais, para ingressar no mercado livre, é necessário ter carga mínima de 0,5 MW, volume equivalente a uma conta mensal de 140 mil reais.

Já no âmbito do governo, os estudos para abertura total do mercado livre a clientes residenciais também estão avançando, disse, citando uma nota técnica enviada em janeiro pela Agência Nacional de Energia Elétrica ao Ministério de Minas e Energia.

POTENCIAL

© Reuters. Linhas de transmissão de energia em Diadema (SP) 
10/02/2015
REUTERS/Paulo Whitaker

O número de elétricas interessadas em atender consumidores de pequeno porte vem aumentando. AES Brasil (SA:AESB3), Omega Energia e Engie (SA:EGIE3) são algumas das empresas que já têm consumidoras varejistas habilitadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e se preparam para avançar na área.

No entanto, o segmento ainda não deslanchou. Um estudo da CCEE divulgado no fim do ano passado mostrou que cerca de 70 mil unidades consumidoras já poderiam ter migrado ao mercado livre, sendo que uma das explicações para que isso não tenha acontecido é a falta de produtos específicos no mercado para consumidores de pequeno porte.

 

(Por Letícia Fucuchima)

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