Investing.com - O petróleo West Texas Intermediate ampliava os ganhos nas negociações desta quarta-feira na América do Norte após dados semanais que mostraram uma redução maior do que se esperava nos estoques norte-americanos.
Os contratos de petróleo bruto com vencimento em outubro na Bolsa Mercantil de Nova York tinham ganhos de US$ 0,91, ou 1,33%, e o barril era negociado a US$ 69,44 às 11h33, o que se compara a US$ 69,06 antes do relatório.
A Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 2,566 milhões de barris na semana que se encerrou em 24 de agosto. Analistas de mercado esperavam uma redução de 0,686 milhão de barris, embora o Instituto Americano de Petróleo tenha divulgado um aumento de 0,038 milhão de barris.
O estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve aumento de 0,058 milhão de barris na última semana, informou a EIA. O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 405,8 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera estar "na média de cinco anos para esta altura do ano".
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 1,554 milhão de barris, em comparação a expectativas de 0,370 milhão de barris de redução, ao passo que os estoques de destilados tiveram redução de 0,837 milhão de barris, em comparação a projeções de 1,592 milhão de barris de aumento.
Do outro lado do Atlântico, os contratos de petróleo Brent com vencimento em novembro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres tinham ganhos de US$ 0,61, ou 0,80%, e eram negociados por US$ 76,90 o barril às 11h36, em comparação a US$ 76,56 antes da divulgação do relatório.
Dessa forma, o ágio do Brent em relação ao WTI ficou em US$ 7,72 o barril às 11h38, o que se compara à diferença de US$ 7,76 no fechamento do pregão de terça-feira.
Além dos estoques, participantes do mercado estão acompanhando de perto os níveis de oferta e os ganhos observados na quarta-feira foram reforçados pelas notícias da produção iraniana.
Surgiram informações de que as exportações de petróleo e condensados do Irã devem cair abaixo de 70 milhões de barris pela primeira vez desde abril de 2017, de acordo com dados do fluxo de comércio Thomson Reuters Eikon.
O relatório foi divulgado no momento em que os mercados aguardam uma segunda rodada de sanções dos EUA contra Teerã, que entram em vigor em 4 de novembro.
À medida que a data de início da sanção se aproxima, investidores esperam que os estoques iranianos diminuam ainda mais depois que muitos compradores já se curvaram à pressão e diminuíram suas compras apesar dos descontos profundos.
Uma notícia na segunda-feira sugeriu uma futura redução na produção, uma vez que a Opep ainda precisava reduzir a conformidade com os cortes produção para a meta de 100%.
Além disso, a petrolífera estatal venezuelana PDVSA afirmou na terça-feira que concordou em investir US$ 430 milhões para aumentar a produção em 640 mil barris por dia em 14 campos petrolíferos, embora alguns analistas continuem desconfiados de que esse investimento seja realizado, segundo a Reuters, citando a instabilidade política e econômica no país.