Investing.com - O petróleo West Texas Intermediate reduzia as perdas nas negociações na América do Norte nesta quarta-feira depois que dados mostraram que, embora o fornecimento de petróleo nos EUA tenha registrado um aumento surpreendente nos estoques, ainda foi menor do que os dados do Instituto Americano de Petróleo no dia anterior. Em outros sinais de alta, os estoques diminuíram no principal ponto de entrega dos EUA, sugerindo uma demanda mais alta, e os estoques de gasolina tiveram redução de quase o dobro do esperado.
Os contratos de petróleo bruto com vencimento em setembro na Bolsa Mercantil de Nova York tinham perdas de US$ 1,06, ou 1,54%, e o barril era negociado a US$ 67,70 às 11h33, o que se compara a US$ 67,55 antes do relatório.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 3,803 milhões de barris na semana que se encerrou em 27 de julho. Analistas de mercado esperavam uma redução de 2,794 milhões de barris, embora o Instituto Americano de Petróleo tenha divulgado um aumento de 5,590 milhões de barris.
O Estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 1,338 milhão de barris na última semana, informou a EIA. O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 408,7 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera estar "cerca de 3% acima da média de cinco anos para esta altura do ano".
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 2,536 milhões de barris, em comparação a expectativas de 1,288 milhão de barris de redução, ao passo que os estoques de destilados tiveram aumento de 2,983 milhões de barris, em comparação a projeções de 0,264 milhão de barris de aumento.
Do outro lado do Atlântico, os contratos de petróleo Brent com vencimento em outubro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres tinham queda de US$ 1,33, ou 1,79%, e eram negociados por US$ 72,88 o barril às 11h38, em comparação a US$ 72,87 antes da divulgação do relatório.
Dessa forma, o ágio do Brent em relação ao WTI ficou em US$ 5,02 o barril às 11h39, o que se compara à diferença de US$ 5,45 no fechamento do pregão de terça-feira.
As perdas de quarta-feira ampliaram uma queda mensal de cerca de 7% em julho, com investidores preocupados com o aumento da oferta.
Informações divulgadas na terça-feira de que o presidente dos Estados Unidos, Trump, se ofereceu para se encontrar com o colega iraniano Hassan Rouhani "a qualquer momento" levantaram questões se os EUA estão suavizando sua posição sobre o Irã. Isso diminuiu as expectativas dos investidores em relação a uma perda maciça de petróleo bruto iraniano do mercado.
No início desta semana, uma pesquisa da Reuters mostrou que a Opep elevou a produção em 70 mil barris por dia, totalizando 32,64 milhões de barris por dia, o maior nível em 2018. Outros aumentos na oferta podem compensar interrupções na produção e pressionar os preços, acrescentou.
Nos dias 22 e 23 de junho, a Opep, a Rússia e outros países externos à organização concordaram em retornar a 100% de conformidade com os cortes na produção de petróleo que começaram em janeiro de 2017, depois que meses de subprodução em outros países fizeram com que a adesão ficasse acima de 160%.
Embora a produção continue a declinar no Irã, Líbia e Venezuela, a pesquisa sugeriu que a adesão caiu apenas para 111% em julho, sugerindo mais espaço para aumentar a produção de países como a Arábia Saudita ou a Rússia, país aliado externo à Opep.
Em outro sinal preocupante, a contagem de sondas nos EUA, um indicador precoce da produção futura, teve aumento de 3 e totalizou 861 na semana passada, de acordo com a Baker Hughes, empresa prestadora de serviços a campos petrolíferos.