(Corrige para refletir o esclarecimento do Ministério da Agricultura de que as empresas de produtos agrícolas do Brasil (não apenas frigoríficos) podem acessar mais de 200 mercados)
(Corrige para refletir o esclarecimento do Ministério da Agricultura de que as empresas de produtos agrícolas do Brasil (não apenas frigoríficos) podem acessar mais de 200 mercados)
Por Ana Mano
SÃO PAULO (Reuters) A ministra da Agricultura, Tereza Cristina Dias, disse nesta segunda-feira que o Canadá aprovou as importações de carnes bovina e suína do Brasil, de acordo com uma publicação no Twitter, apesar dos embarques de suínos ficarem restritos, em um primeiro momento, a unidades localizadas em Santa Catarina, segundo a entidade do setor.
Cristina, que viajou ao Canadá para conversar com fornecedores locais de fertilizante à base de potássio, afirmou que agora a agroindústria brasileira pode exportar produtos para mais de 200 mercados ao redor do mundo, meta que foi colocada pela ministra quando assumiu a pasta, há mais de três anos.
"Estamos em Ottawa e acabamos de sair do ministério da agricultura canadense com duas ótimas notícias: a abertura do mercado de carne suína e bovina para este país", disse ela.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) esclareceu em nota que a abertura do Canadá no segmento de suínos é válida, inicialmente, para os estabelecimentos sob inspeção federal em Santa Catarina, pois na época da solicitação inicial aos canadenses, o Estado era o único reconhecido como livre de aftosa sem vacinação, um critério estabelecido pelas autoridades do país.
"As negociações seguirão em curso para a inclusão, no futuro, de novas áreas já reconhecidas com o mesmo status pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)", disse a entidade.
Vale lembrar que as exportações de carne suína de Santa Catarina representam pouco mais de 50% dos embarques do setor no Brasil, conforme dados da associação.
Na avaliação da ABPA, o Canadá é um dos mais importantes mercados abertos na última década. "Lá, o setor produtivo deverá atuar em complementaridade à produção local, com oferta de produtos premium", afirmou.
Procurada, a associação que representa os exportadores de carne bovina Abiec não respondeu de imediato a um pedido de comentários.
Sobre a área de fertilizantes, a ministra da Agricultura acrescentou que ainda tem diversas reuniões agendadas para esta segunda-feira no Canadá.
(Reportagem adicional de Gabriel Araujo)