Investing.com - A cotação do petróleo flutuava em torno da máxima de várias semanas nesta quarta-feira, já que possíveis problemas na oferta devido a tensões no Oriente Médio continuavam a dar sustentação, que também era obtida a partir de dados positivos dos estoques dos EUA.
O contrato com vencimento em maio do petróleo bruto West Texas Intermediate avançava US$ 0,12, ou cerca de 0,19%, para US$ 63,66 o barril às 05h35, descolando-se de US$ 63,98, máxima de mais de três semanas atingida na terça-feira.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em maio na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres tinham ganhos US$ 0,11, ou cerca de 0,18%, e o barril era negociado a US$ 67,55 após ter atingido US$ 67,88, pico de duas semanas, na sessão anterior.
A cotação do petróleo ganhou sustentação após o Instituto Americano de Petróleo ter divulgado na terça-feira que os estoques do país de petróleo bruto tiveram redução de 2,7 milhões de barris na semana encerrada em 16 de março, o que se compara a expectativas de aumento de 3,2 milhões.
A commodity também teve impulso devido a especulações de que os EUA poderiam importo novamente sanções sobre o Irã, já que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, chegou a Washington para uma visita de estado.
No entanto, participantes do mercado ainda aguardavam dados oficiais sobre os estoques de petróleo e gasolina ainda nesta quarta-feira, a serem divulgados pela Administração de Informação de Energia dos EUA.
A atividade elevada de extração levou a produção de petróleo bruto dos EUA a atingir 10,38 milhões de barris por dia, superando a da Arábia Saudita, principal exportador.
Analistas e investidores alertaram que a crescente produção de shale oil nos EUA poderiam afetar os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo para controlar o excesso de oferta e dar sustentação aos preços.
A Opep chegou a um acordo em dezembro para reduzir sua produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia até o final de 2018. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
Além disso, contratos futuros de gasolina recuavam 0,20% para US$ 1,967 o galão, ao passo que os contratos futuros de gás natural estavam pouco alterados em US$ 2,678 por milhão de unidades térmicas britânicas.