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Custo com adubo para soja sobe 60% no Brasil em 22/23 e consumo cairá, diz StoneX

Publicado 05.09.2022, 12:43
Atualizado 05.09.2022, 12:46
© Reuters. FOTO DE ARQUIVO: Um agricultor dirige um trator espalhando fertilizante em um campo de soja, perto de Brasília, Brasil 15 de fevereiro de 2022.REUTERS/Adriano Machado/Foto de arquivo
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SÃO PAULO (Reuters) - O custo com fertilizantes para o produtor de soja do Brasil aumentou 60% em 2022/23, enquanto o produtor de milho primeira safra deverá ter alta média nas despesas de 85%, com a disparada nos preços dos adubos que deverá resultar em uma queda no consumo no país, afirmou um relatório da StoneX nesta segunda-feira.

A consultoria citou que o sojicultor da região Sul gastou, em média, 1.300 reais por hectare adubado na temporada passada, e indicou que agora terá de gastar mais de 2 mil reais/hectare --a soja é o principal produto do agronegócio do país.

Considerando a relação de troca de produtos pelo insumo, seriam necessárias 11,3 sacas de soja por hectare para comprar fertilizantes no Paraná, versus 8 sacas na temporada passada, enquanto no milho a necessidade passou de 14 em 2021/22 para 19,6 sacas em 2022/23.

"Apesar da também significativa valorização dos grãos no último ano, este aumento no custo com a adubação não foi totalmente repassado nas expectativas de receita --prejudicando muitos agricultores no cálculo do 'barter'", comentou a StoneX.

Fatores como crises de oferta em meio à guerra na Ucrânia, aumento dos custos de produção e demanda recorde em 2021 contribuíram para impulsionar os preços dos fertilizantes para a temporada 22/23, embora os insumos já não estejam nas máximas, ainda que sigam em patamares relativamente elevados em termos históricos.

Diante do aumento dos custos e da piora das relações de troca aos agricultores ao longo dos preparativos para a safra de verão, o consumo de fertilizantes no Brasil deverá ser 7,2% menor em 2022, após atingir o recorde histórico de entregas no ano passado (45,9 milhões de toneladas), afirmou a StoneX.

Segundo a consultoria, mesmo que a valorização dos grãos possa ainda garantir boas margens aos produtores, "o aumento dos custos acaba tornando a atividade mais arriscada", ao demandar maiores investimentos iniciais.

Por isso, tem sido consenso no mercado que muitos produtores, diante do cenário, vão tentar minimizar o consumo de adubos, aproveitando o estoque de nutrientes no solo.

Líderes na produção de grãos, as regiões Sul e Centro-Oeste deverão encabeçar a "destruição de demanda" por adubos neste ano, de acordo com pesquisa realizada pela StoneX. Nas duas regiões, há uma perspectiva de redução de 11% e 8%, respectivamente, no consumo de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) em relação ao ano passado.

Ainda assim, a consultoria reafirmou a expectativa de uma safra recorde de soja do Brasil acima de 153 milhões de toneladas, prevendo produtividades mais altas após a quebra pela seca na colheita passada, além de um aumento de área plantada.

© Reuters. FOTO DE ARQUIVO: Um agricultor dirige um trator espalhando fertilizante em um campo de soja, perto de Brasília, Brasil 15 de fevereiro de 2022.REUTERS/Adriano Machado/Foto de arquivo

A consultoria alertou, contudo, que o fenômeno climático La Niña deve continuar e tende a resultar em um clima mais seco no Sul.

Entretanto, em alguns anos, o La Niña não significa necessariamente perdas de safra, a exemplo do resultado recorde alcançado no Rio Grande do Sul em 2020.

 

(Por Roberto Samora)

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