Investing.com – A decisão da Opep+ de prorrogar seus atuais cortes de produção até dezembro é vista pelos analistas do UBS como um passo moderado, mas positivo, para sustentar os preços do petróleo no curto prazo.
A extensão mantém o corte de 2,2 milhões de barris por dia (Mb/d), um acordo firmado originalmente no ano passado.
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O UBS destacou que, embora essa ação esteja em linha com suas expectativas, especulações de mercado sobre um possível aumento de produção haviam gerado preocupações antes do anúncio, tornando a continuidade dos cortes um fator tranquilizador para a estabilidade dos preços.
O UBS aponta que a Opep+ permanece cautelosa quanto à reintrodução de barris adicionais no mercado, especialmente em um momento em que a demanda tende a reduzir sazonalmente nesta época do ano.
Um aumento repentino na produção da Líbia já havia amenizado as restrições de oferta, o que justifica a decisão da Opep+ de manter a contenção de produção.
Essa postura reflete uma postura cautelosa da Opep+ diante de uma adesão irregular às exigências de compensação por parte de membros como Iraque, Cazaquistão e Rússia, que haviam excedido as metas de produção anteriores.
Para além de dezembro, o UBS antecipa que receios sobre possíveis aumentos de oferta continuarão, com o grupo programado para revisar sua política no início de dezembro.
Uma expansão mais expressiva na produção está atualmente prevista para 2025, quando a Opep+ provavelmente reavaliará as condições do mercado e os impactos da política dos EUA. No entanto, o UBS destaca que o crescimento moderado da demanda e a estabilidade da produção de fontes externas à organização podem desestimular aumentos substanciais.
“Vemos o mercado próximo ao equilíbrio no próximo ano, sem reversão dos cortes de produção, o que mantém o Brent a uma média de US$75 por barril em 2025 em nosso cenário base,” disseram os analistas.
Às 13:35 de Brasília, o barril do petróleo Brent, referência mundial e para a Petrobras (BVMF:PETR4), avançava 2,3%, a US$ 74,81, enquanto o barril do Texas (WTI), referência nos EUA, valorizava-se 2,50%, a US$ 71,23.