SÃO PAULO (Reuters) - Com seguidos reajustes, o diesel comercializado pela Petrobras (SA:PETR4) nas refinarias vem renovando máximas e já acumula alta de quase 15 por cento apenas em 2018, refletindo em grande parte a disparada nas cotações internacionais do petróleo.
Nesta quarta-feira, o diesel, combustível mais consumido no país, é vendido a 2,1728 reais por litro nas refinarias da estatal, o maior nível ao menos desde julho do ano passado, quando a petroleira deu início a uma nova sistemática de formação de preços, com reajustes praticamente todos os dias.
No acumulado do ano, o avanço chega a 14,65 por cento e, desde julho, a 37,9 por cento.
O repasse ou não dessas alterações para as bombas dos postos de combustíveis depende da estratégia das distribuidoras e revendedoras. Além disso, a Petrobras vem ressaltando, inclusive em campanhas publicitárias, que mais da metade do valor final do produto deve-se à incidência de tributos e impostos.
Por meio de sua política de formação de preços, a companhia visa seguir as oscilações internacionais, entre outros parâmetros, de modo a manter certa paridade com o mercado externo.
Nas últimas semanas, o petróleo (LCOc1) (CLc1) vem avançando com força, para os maiores níveis desde 2014, dados os cortes de oferta do cartel Opep, a demanda firme e, nesta semana, a saída dos Estados Unidos de um acordo nuclear com Irã, com possibilidade de novas sanções de Washington sobre Teerã.
Além do diesel, a gasolina também vem subindo para máximas nas refinarias da Petrobras.
Nesta quarta-feira, está em 1,8523 real por litro, alta de quase 10 por cento em 2018 e de 33,85 por cento desde julho.
(Por José Roberto Gomes)