SÃO PAULO (Reuters) - As entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro em junho superaram 4 milhões de toneladas, mas ainda acumularam queda de 1,8% no primeiro semestre, à medida que produtores rurais demoraram mais tempo para tomar a decisão de compra, informou nesta terça-feira a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
Nos primeiros seis meses do ano, as entregas somaram 18,28 milhões de toneladas, contra 18,6 milhões de toneladas no mesmo período de 2023, segundo a Anda.
"Apesar dos desafios logísticos desafiadores em meio às crises geopolíticas e do ritmo atípico das entregas, influenciadas pelo movimento mais retardado de compras dos produtores rurais, as importações continuam chegando e abastecendo o agro", disse a Anda, em nota.
Em junho de 2024, as entregas ficaram levemente abaixo das 4,11 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado.
Mato Grosso, maior produtor brasileiro de grãos e algodão, concentrou o maior volume nos primeiros seis meses deste ano (22,2%), com 4,05 milhões de toneladas, seguido do Paraná (2,29 milhões), São Paulo (2,11 milhões), Goiás (1,74 milhão), Minas Gerais (1,56 milhão), Rio Grande do Sul (1,49 milhão) e Bahia (1,36 milhão).
As importações de fertilizantes intermediários pelo Brasil alcançaram em junho 3,64 milhões de toneladas, com crescimento de 16,7%. No acumulado do primeiro semestre, o total foi de 16,74 milhões de toneladas, com redução de 2,7% ante o mesmo período de 2023, segundo a Anda.
A produção nacional de fertilizantes intermediários encerrou junho de 2024 com 582 mil toneladas, com alta de 26,6% ante o mesmo mês de 2023, enquanto no semestre atingiu 3,07 milhões de toneladas, com redução de 4%.
(Por Roberto Samora)