NOVA YORK (Reuters) - Os estoques globais de café ao final da temporada 2015/16 deverão cair aos menores níveis em quatro temporadas, com um consumo recorde compensando um aumento de produção no Brasil e outros países líderes, previu nesta o sexta-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O USDA afirmou em relatório bianual de café que os estoques globais ao final da safra vão cair para 31,5 milhões de sacas de 60 kg, o menor nível desde 2011/12, com um declínio nos estoques no Brasil, o maior produtor mundial, para 4,3 milhões de sacas.
O órgão do governo dos EUA também reduziu sua previsão para os estoques brasileiros ao final do ano safra 2014/15, que termina no final deste mês, para 5,8 milhões de sacas, ante 6,9 milhões de sacas em seu relatório de dezembro, atribuindo o declínio de exportações mais elevadas.
De uma maneira geral, o relatório disse que a produção mundial de café subiria para 152,7 milhões de sacas de 60 kg na safra que vem, acima dos 146,3 milhões de sacas em 2014/15, liderada por aumentos no Brasil para 52,4 milhões de sacas, ante 51,2 milhões em 14/15.
O segundo produtor, o Vietnã, vai produzir 28,6 milhões de sacas, ante 28,2 milhões de sacas em 14/15.
A produção de café arábica do Brasil deve crescer em 3,8 milhões de sacas, para 38 milhões de sacas, devido ao clima favorável após uma severa seca que dizimou a produção durante o ano safra passado.
A produção de café robusta do Brasil deverá cair 2,6 milhões de sacas, a 14,4 milhões de sacas, devido a problemas climáticos no Espírito Santo.
A produção da Colômbia, segundo o USDA, deverá subir para 13 milhões de sacas, o volume mais alto em duas décadas, devido a esforços bem-sucedidos de combate à doença da ferrugem da folha conhecido como roya, que reduziu a produção em 40 por cento em 2008/09.
(Por Luc Cohen)