Trump consegue tarifas; os norte-americanos recebem aumentos de preços
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A exportação brasileira de açúcar em abril somou 1,56 milhão de toneladas, uma redução de 17,7% na comparação anual, com o total exportado atingindo o menor patamar em dois anos, acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Os embarques de açúcar do Brasil no mês passado, que marca o primeiro mês da nova safra do centro-sul, tiveram redução em meio a estoques ainda baixos, apesar do início da moagem em 2025/26.
Os estoques de açúcar no centro-sul do Brasil ficaram cerca de 70% mais baixos na média do primeiro trimestre na comparação com a média histórica no período, segundo dados da consultoria Safras & Mercado.
O país exportou 38,3 milhões de toneladas em 2024, conforme os dados do governo, contra 31,3 milhões no ano anterior.
O total exportado no mês passado, segundo a Secex, foi o volume mais baixo desde abril de 2023, quando o país exportou 972 mil toneladas.
Os volumes apontados pela Secex consideram dados dos certificados de exportação ao final do mês, enquanto o setor privado costuma trabalhar com os embarques efetivos.
No caso do café, as exportações somaram 173 mil toneladas (2,88 milhões de sacas de 60 kg), queda de 32% na comparação anual, com esta commodity também sofrendo efeitos de uma exportação recorde em 2024, apesar de uma safra que ficou abaixo do potencial.
As exportações de soja, por outro lado, registraram aumento de 4% ante abril do ano passado, para 15,3 milhões de toneladas, com a colheita de uma safra recorde de cerca de 170 milhões de toneladas.
Os volumes exportados de soja bateram um dos maiores patamares da história, enquanto os dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) indicaram uma estabilidade na comparação anual na exportação da oleaginosa.
Para a Anec, o Brasil exportou um volume recorde em março, de 15,7 milhões de toneladas, igualando a melhor marca do setor vista em abril de 2021.
(Por Roberto Samora)