SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de algodão em pluma do Brasil deverá atingir a marca de histórica de 1,2 milhão de toneladas no período de julho de 2018 a junho de 2019, após uma safra recorde, estimou nesta quarta-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).
O volume apagaria o recorde verificado na exportação da commodity do país entre julho de 2011 e junho de 2012, quando o Brasil embarcou 1,03 milhão de toneladas.
Desde então, o volume embarcado oscilava entre 500 mil e 900 mil toneladas ao ano.
"O momento representa uma ótima oportunidade para o país, que produz algodão em grande escala com tecnologia e responsabilidade socioambiental, fazendo com que o Brasil seja o maior fornecedor de algodão certificado do mundo", disse em nota o presidente da Anea, Henrique Snitcovski.
De acordo com a associação, mercado de algodão brasileiro está em um novo patamar.
Com uma safra recorde de 2,1 milhões de toneladas registrada na temporada 2017/2018, a qualidade do produto ofertado no mercado internacional, preço competitivo e câmbio favorável, o Brasil tem o potencial de se tornar o segundo maior exportador mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, reiterando avaliação do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) também tem tal avaliação, apostando na demanda da China.
Atualmente, o país ocupa a quarta posição no ranking global da exportação desta commodity, depois de Estados Unidos, Índia e Austrália, segundo a Anea.
"O Brasil está bem consolidado nos principais mercados consumidores de algodão e ainda há espaço para expansão dessa atuação. Esse é um bom momento por conta da qualidade, da regularidade no fornecimento, da perspectiva de uma melhor absorção do produto brasileiro nos principais países consumidores", disse Snitcovski.
(Por Roberto Samora)