Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As exportações de petróleo do Brasil em junho saltaram 67 por cento ante o mesmo mês de 2016, para 6,195 milhões de toneladas, muito próximo do recorde histórico registrado em fevereiro deste ano, com o impulso do forte crescimento da produção da commodity nas áreas do pré-sal e enquanto refinarias no país registram baixos índices de utilização.
Em relação a maio, as vendas no sexto mês do ano cresceram 75 por cento, mostraram dados publicados nesta segunda-feira pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Em fevereiro, as vendas externas de petróleo do país haviam somado recorde de 6,23 milhões de toneladas.
Ainda não há dados públicos sobre a produção de petróleo em junho, mas dados da agência reguladora do setor de petróleo (ANP) apontaram para uma alta de 6,7 por cento da extração em maio, ante um ano antes, para 2,653 milhões de barris por dia (bpd), diante da entrada em operação de uma nova plataforma.
Em coletiva de imprensa na sexta-feira, executivos da Petrobras (SA:PETR4) explicaram que o parque de refino da empresa está com um nível baixo de utilização, devido a um grande volume de importações de combustíveis por empresas concorrentes, que vêm ganhando mercado da estatal.
A receita do Brasil com as exportações de petróleo em junho, por sua vez, dobrou ante o mesmo mês do ano anterior e avançou 82 por cento ante maio, para 1,975 bilhão de dólares.
Além da Petrobras, estão entre os principais produtores no pré-sal a anglo-holandesa Shell --que após a aquisição da BG passou a responder por cerca de 10 por cento da extração nacional de petróleo--, a Petrogal, da Galp, e a sino-espanhola Repsol (MC:REP) Sinopec.
(Por Marta Nogueira)