SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de soja do Brasil deverão totalizar um recorde de 61 milhões de toneladas no ano comercial 2017/18 (fevereiro/janeiro), superando em 17 por cento o total embarcado no ano anterior, estimou nesta quarta-feira a consultoria Safras & Mercado.
A previsão está em linha com a projeção da associação da indústria (Abiove), divulgada na véspera, de 61,7 milhões de toneladas em 2017.[nL2N1II0HQ]
As exportações deverão absorver quase todo o crescimento da oferta brasileira, que crescerá 19 por cento ante a temporada anterior, para 116,156 milhões de toneladas, diante de uma colheita histórica, segundo dados da consultoria.
O Brasil é o maior exportador global de soja, enquanto a oleaginosa é o principal produto da pauta de exportação brasileira.
O esmagamento de soja no país deverá subir apenas 1 milhão de toneladas, para 41 milhões de toneladas, previu a Safras.
Já a demanda total por soja está projetada 105,1 milhões de toneladas, com incremento de 10 por cento.
Desta forma, os estoques finais deverão subir 317 por cento, para 11,056 milhões de toneladas.
A Safras ainda trabalha com uma produção de farelo de soja de 31,18 milhões de toneladas, alta anual de 2 por cento.
As exportações de farelo deverão subir 9 por cento, para 15,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 16 milhões, com elevação de 1 por cento.
A produção de óleo de soja deverá ficar em 8,12 milhões de toneladas, com a exportação atingindo 1,4 milhão de toneladas, alta de 22 por cento sobre o ano anterior, segundo dados da Safras.
A previsão é de que 2,65 milhões de toneladas sejam disponibilizadas para a fabricação de biodiesel, com aumento de 2 por cento. O consumo interno deve crescer 5 por cento para 6,89 milhões, contando o uso para o biocombustível.
(Por Roberto Samora)