O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a pasta está ajustando as particularidades do calendário de plantio de soja da safra 2023/24 de cada Estado. Estados do Sul reivindicaram ao ministério a extensão da janela de semeadura da oleaginosa.
"Criamos um calendário sabendo que o Brasil é um continente e cada Estado tem suas particularidades. Estamos ajustando as particularidades de cada Estado e regiões dos Estados para que possamos emitir as autorizações (de ajuste da janela), sem precarizar e sem deixar nenhum produtor fora da janela ideal que possa plantar", disse Fávaro a jornalistas, após o ato de assinatura dos contratos do Funcafé.
Além de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, que pediram ampliação do calendário oficial de plantio de soja, o Estado de Mato Grosso solicitou à pasta a antecipação do calendário, segundo o ministro.
"A Associação dos Produtores de Algodão do Estado pediu a antecipação de poucos dias do calendário, prevendo a instabilidade climática, porque estamos em ano de El Niño. Teremos chuvas mais abundantes no Sul do País e fim de chuvas mais cedo no Norte do Brasil. No Centro-Oeste, os produtores querem antecipar um pouquinho o plantio porque em setembro tem muita chuva e assim podem garantir o final das chuvas com plantio pleno", explicou Fávaro.
O ministro defendeu que o calendário da temporada de soja foi pautado com base na ciência e na tecnologia. "Estamos tirando a politização do calendário do plantio de soja no Brasil. Não podemos criar ampla data de plantio de soja que se torne incentivo para crime sanitário, como, por exemplo, plantar soja sobre soja. Se abrir uma grande janela, se abre essa oportunidade, por mais que seja proibido plantar soja sobre soja (sem o vazio sanitário. Exceções serão tratadas como exceções", observou.