Investing.com - Os futuros de ouro encerraram a sexta-feira em alta após a divulgação de um relatório misto sobre o emprego nos EUA no mês de janeiro, com uma desaceleração na taxa de criação de empregos mas uma aceleração no crescimento de salários.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em abril ficou em US$ 1.157,80 por onça-troy, 20 centavos acima da marca de quinta-feira, que foi de US$ 1.157,60.
O metal precioso ficou em alta 5,04% na semana e subiu 10,75% no ano até agora.
O Ministério do Trabalho dos EUA informou que a média salarial por hora subiu 0,5% no mês passado e avançou 2,5% em uma base ano a ano.
A economia gerou 151.000 postos de emprego no mês passado, o menor número desde setembro e menos do que os 190.000 projetados pelos economistas.
Apesar da desaceleração no crescimento de empregos, a taxa de desemprego caiu para 4,9%, o nível mais baixo desde fevereiro de 2008.
A alta no crescimento dos salários impulsionou as perspectivas de inflação e elevou a probabilidade de que o Banco Central dos EUA possa aumentar as taxas de juros este ano.
O índice do dólar subiu para 96,98 na sexta-feira, saindo de baixas de três meses e meio atingids na sessão anterior.
Taxas de juros mais altas também tornam o dólar mais atraente para os investidores em busca de rendimento. Um dólar mais forte tende a pesar sobre o euro, que é denominado na moeda estadunidense e torna-se mais caro para os compradores quando o dólar norte-americano sobe.
Os ganhos do ouro desde o começo do ano foram apoiados pelas preocupações com uma desaceleração no crescimento global, maior volatilidade do mercado e mais recentemente por uma fraqueza no dólar, e tudo isso alimentou uma procura maior por porto-seguro.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando a declaração de quarta-feira da presidente do Banco Central dos EUA, Janet Yellen, e os dados de sexta-feira sobre as vendas no varejo norte-americano em busca de mais indicações sobre a força da maior economia mundial.
O relatório preliminar de sexta-feira sobre o crescimento da zona do euro no quarto trimestre também será atentamente observado em meio a altas expectativas de mais flexibilização por parte do Banco Central Europeu (BCE) nos próximos meses.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 8 de fevereiro
Os mercados financeiros da China estarão fechados para o Ano Novo Chinês.
Na zona do euro, a Alemanha deve divulgar dados sobre a produção industrial.
O Canadá deve publicar um relatório sobre os alvarás de construção.
Terça-feira, 9 de fevereiro
Os mercados financeiros da China estarão fechados para o Ano Novo Chinês.
A Austrália deve divulgar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios.
Os EUA devem produzir um relatório sobre a balança comercial.
Quarta-feira, 10 de fevereiro
A Austrália deve publicar um relatório sobre o sentimento dos consumidores.
Os mercados financeiros da China estarão fechados para o Ano Novo Chinês.
O Reino Unido deve produzir dados sobre a produção industrial.
A presidente do Banco Central dos EUA, Janet Yellen, deve dar sua declaração sobre o relatório semestral de política monetária do banco perante o Comitê de Serviços Financeiros do Senado, em Washington.
Quinta-feira, 11 de fevereiro
Os mercados financeiros da China e Japão estarão fechados em virtude de feriados nacionais.
O Canadá deve divulgar dados sobre a inflação aos preços de imóveis residenciais novos.
Os EUA devem divulgar o relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego.
A presidente do Banco Central dos EUA, Janet Yellen, deve dar sua declaração sobre a política monetária perante o Comitê Bancário do Senado, em Washington.
Sexta-feira, 12 de fevereiro
O presidente do Banco Central da Austrália, Glenn Stevens, deve fazer um pronunciamento em um evento em Sydney.
Os mercados financeiros da China estarão fechados para o Ano Novo Chinês.
A zona do euro deve divulgar dados preliminares sobre o crescimento econômico no quarto trimestre.
Os EUA devem resumir a semana com dados sobre as vendas no varejo e o sentimento do consumidor.