Investing.com - Os preços do ouro reduziram perdas recentes e encerraram a sexta-feira praticamente inalterados após uma nova série de dados econômicos norte-americanos decepcionantes ter feito o dólar cair.
Os futuros de ouro com vencimento em junho ficaram em US$ 1.223,6 por onça-troy na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, saindo de baixas de US$ 1.210,6. Na semana, o contrato subiu 3,06%, o maior ganho percentual semanal desde janeiro.
A queda no dólar norte-americano ocorreu após dados terem mostrado que a produção industrial norte-americana caiu em abril pelo quinto mês consecutivo e outro relatório mostrou que o sentimento do consumidor norte-americano caiu para uma baixa de sete meses este mês.
O Banco Central dos EUA (Fed) informou que a produção industrial caiu 0,3% após um declínio revisto de 0,3% em março. Os economistas esperavam um aumnto de 0,1%.
A leitura preliminar do índice de sentimento do consumidor emitida pela Universidade de Michigan para maio ficou em 88,6, abaixo da leitura final de abril de 95,9 e pior do que as projeções de uma leitura de 96,0.
Os relatórios foram divulgados após dados decepcionantes sobre as vendas no varejo e inflação ao produtor, no início da semana, e reduziram as expectativas de uma recuperação no segundo trimestre após uma forte desaceleração no crescimento nos primeiros três meses do ano.
Os dados apoiaram as expectativas de que o Banco Central dos EUA postergará o aumento na taxa de juros até que a economia esteja em um ritmo forte.
O índice do dólar, que mede a força do dólar norte-americano em relação à cesta das seis principais moedas, ficou em 93,29 na sexta-feira, uma baixa de quatro meses. índice encerrou a semana em baixa de 1,8%. Foi o quinto declínio semanal consecutivo, dando origem o período mais longo de quedas em quatro anos.
Geralmente, a fraqueza do dólar beneficia o ouro, uma vez que ela aumenta o apelo do metal como um bem alternativo e deixa as commodities em dólar mais baratas para os detentores de outras moedas.
Enquanto isso, um relatório divulgado na quinta-feira mostrou que a demanda mundial pelo ouro reduziu 1% nos primeiros três meses do ano, uma vez que a compra indiana de jóias não compensou completamente a demanda menor da China.
O World Gold Council informou que a demanda totalizou 1.079,3 toneladas métricas no primeiro trimestre, abaixo das 1.090 toneladas nos primeiros três meses de 2014.
O grupo da indústria também informou que o primeiro trimestre foi a primeira vez desde 2012 que a demanda de ouro por fundos negociados em bolsas mostrou compra líquida, totalizando 25.7 toneladas.
Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em julho encerraram a sessão de sexta-feira em US$ 17,49 por onça-troy. A prata subiu 6,67% na semana, a terceira alta semanal consecutiva.
O cobre com vencimento em julho ficou em US$ 2,930 por libra na sexta-feira, e subiu apenas 0,14% na semana.
Nesta semana, os investidores voltarão a atenção para a ata da reunião de quarta-feira do Fed em busca de dicas sobre a possível data do aumento da taxa de juros nos EUA. Os dados de sexta-feira sobre a inflação nos EUA também serão atentamente observados.
Enquanto isso, a zona do euro deve divulgar dados sobre a atividade do setor privado, ao passo que a China deve publicar dados preliminares sobre a atividade manufatureira.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 18 de maio
O Japão deve publicar um relatório sobre os pedidos brutos de maquinário.
A Suíça deve publicar um relatório sobre as vendas no varejo.
Os mercados no Canadá permanecerão fechados em virtude do feriado Patriots' Day.
Terça-feira, 19 de maio
O Banco da Reserva da Austrália deve publicar a ata de sua reunião de definição de política monetária mais recente, dando aos investidores informações sobre como as autoridades veem a economia e as opções de política monetária.
A Nova Zelândia deve publicar dados sobre as previsões de inflação.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre o índice de preços ao consumidor.
Na zona euro, o Instituto ZEW deve divulgar um relatório sobre o sentimento econômico na Alemanha.
Ainda na terça-feira, os EUA devem divulgar relatórios sobre os alvarás de construção e sobre a construção de imóveis residenciais.
O presidente do Banco do Canadá, Steven Poloz, deve se pronunciar; seus comentários serão atentamente observados.
Quarta-feira, 20 de maio
O Japão deve divulgar dados preliminares sobre o crescimento econômico do primeiro trimestre.
A Austrália deve publicar um relatório sobre o sentimento do consumidor.
O Banco da Inglaterra deve publicar a ata da sua reunião de política monetária mais recente.
O Canadá deve publicar um relatório sobre as vendas por atacado.
O Fed deve publicar a ata da sua reunião de política monetária mais recente.
Quinta-feira, 21 de maio
A China deve publicar a leitura preliminar o índice HSBC para o setor de manufatura.
A zona do euro deve publicar relatórios sobre a atividade do setor privado. Até o fim do dia, o BCE deve publicar a ata da sua reunião.
O Reino Unido deve produzir dados sobre as vendas no varejo e previsões de pedidos industriais.
Os EUA devem produzir uma série de dados, que inclui relatórios sobre os pedidos novos de seguro desemprego, vendas pendentes de imóveis residenciais e atividade manufatureira na região da Filadélfia.
Sexta-feira, 22 de maio
O Banco da Japão deve anunciar sua decisão de política monetária e realizar uma coletiva de imprensa após o anúncio.
Na zona euro, o Instituto Ifo deve publicar dados sobre o clima no ambiente de negócios alemão.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre o endividamento do setor público.
O presidente do BCE, Mario Draghi, e o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, devem se pronunciar em um evento em Portugal. Seus comentários serão atentamente observados.
O Canadá deve divulgar dados sobre a inflação ao consumidor e vendas no varejo.
Os EUA devem resumir a semana com um relatório sobre a inflação aos consumidores.