Investing.com – Os futuros de ouro foram operados em alta na sexta-feira, mas ainda terminaram a semana em queda de mais de 2%, em meio a expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai começar a elevar as taxas de juros em sua próxima reunião de política monetária, em setembro.
Na sexta-feira, os comentários do vice-presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Stanley Fischer, sugeriram que a porta ainda estava aberta para um aumento das taxas na próxima reunião do Fed, que ocorrerá em 16 e 17 de setembro.
Fischer disse que a justificativa para um aumento da taxa em setembro foi "muito forte", embora ainda fosse muito cedo para dizer o que o banco central pode fazer.
O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses.
As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro, com vencimento em dezembro, subiu US$ 11,40, ou 1,02%, e encerrou a sessão de sexta-feira em US$ 1.134,00 por onça-troy.
Na semana, os preços do metal caíram US$ 26,20, ou 2,21%, a pior perda semanal em um mês.
O ouro atingiu uma baixa de cinco anos e meio de US$ 1.072,30 no dia 24 de julho, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros em setembro, pela primeira vez desde 2006.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,4%, na sexta-feira, sendo negociado em 96,15, o nível mais forte desde 20 de agosto.
O índice subiu 1,2% na semana, uma vez que dados econômicos otimistas dos EUA inflamaram as expectativas de que o Fed vai aumentar as taxas de juros no próximo mês.
Na divisão Comex, os futuros da prata com vencimento em setembro avançaram 11,8 centavos, ou 0,82%, na sexta-feira, ficando em US$ 14,53 por onça-troy no fechamento do pregão. Na quarta-feira, os preços caíram para US$ 13,91, um nível não visto desde agosto de 2009.
Na semana, os futuros de prata caíram 81,0 centavos, ou 5,01%, a maior queda semanal desde meados de fevereiro.
Enquanto isso, nas negociações de metais, o cobre com vencimento em dezembro subiu 2,7centavos, ou 0,75%, para US$ 2,346 por libra na sexta-feira, uma vez que os investidores continuaram monitorando os movimentos no mercado de ações volátil da China.
O Shanghai Composite subiu 4,9% na sexta-feira, com ganhos aumentando na última meia hora do pregão. A alta de sexta-feira seguiu um avanço de 5,4% na quinta-feira.
O banco central da China aumentou a liquidez, cortou as taxas de juros e reduziu as reservas obrigatórias para os grandes credores no início desta semana em uma tentativa de impulsionar o crescimento econômico e deter um tumulto no mercado de ações.
A turbulência nos mercados começou após a China ter desvalorizado o yuan em 11 de agosto, o que provocou temores de que a economia pode estar desacelerando em um ritmo mais rápido do que o esperado.
Na semana, os preços do cobre avançaram 5,2 centavos, ou 1,82%, uma vez que os mercados acionários chineses se recuperaram de uma onda de vendas brutal no início da semana, diminuindo o nervosismo sobre um atual colapso do mercado de ações.
Os preços do metal vermelho atingiram uma baixa da sessão de US$ 2,202 no dia 24 de agosto, uma vez que as preocupações relacionadas com a saúde da economia da China e as fortes quedas nos mercados de ações chineses diminuíram o apetite pelo metal vermelho.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando o relatório de emprego nos EUA, a ser divulgado na sexta-feira, o que poderia ajudar a fornecer clareza sobre a probabilidade de um aumento das taxas de juro de curto prazo.
Os mercados também estarão acompanhando os levantamentos sobre os setores de serviço e manufatura, os pedidos às fábricas e dados comerciais da maior economia do mundo para novas indicações sobre o cronograma de aumento das taxas.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 31 de agosto
Os EUA também devem divulgar números sobre a atividade industrial em Chicago.
Terça-feira, 1 de setembro
A China deve divulgar relatórios sobre a atividade do setor de manufatura e serviços oriundos da Federação da China de Logística e Compras, bem como o índice de serviços Caixin e a leitura revisada do índice de produção Caixin.
Nos EUA, o Institute of Supply Management (ISM) deve divulgar um relatório sobre o crescimento industrial.
Quarta-feira, 2 de setembro
Os EUA devem divulgar o relatório mensal sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) da ADP, bem como dados sobre os pedidos às fábricas.
Quinta-feira, 3 de setembro
O Banco Central Europeu deve anunciar sua decisão de política monetária. O anúncio da taxa deve ser seguido por uma coletiva de imprensa após a reunião com o presidente do banco, Mario Draghi.
Os EUA devem divulgar dados sobre a balança comercial, bem como os números semanais sobre os pedidos de auxílio-desemprego, ao passo que o ISM deve divulgar um relatório sobre o crescimento do setor de serviços.
Sexta-feira, 4 de setembro
Os EUA devem resumir a semana com o relatório atentamente observado sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) e os dados sobre o crescimento salarial.